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Brasília

Unidade do McDonald’s no DF funciona somente com trabalhadores com deficiência

Arquivo Geral

03/12/2018 17h07

McDonald’s do Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul. Foto: Ana Karolline Rodrigues.

Ana Karolline Rodrigues
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Em alusão ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, lembrado nesta segunda-feira (3), o McDonald’s do Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, funciona apenas com trabalhadores nesta condição. A iniciativa ocorre pela primeira vez em Brasília e acontece também em lojas de São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.

Dos 32 funcionários trabalhando no local nesta segunda, dois atuam na loja. Os outros 30 são de outros McDonald’s do Distrito Federal, que foram trabalhar na loja do Lago especialmente na data.

Maria Aparecida Costa, de 22 anos, é deficiente visual e trabalha na unidade desde março deste ano. Ela afirma que chegou a ter medo de não ser contratada para o cargo de atendente por conta da deficiência. “Em entrevistas de emprego anteriores me falaram que eu não tinha o perfil para a vaga, aí fiquei com medo de não conseguir essa. Mas aqui eles não se importaram, falaram que mesmo com a minha deficiência eu posso subir na empresa”, conta.

Atualmente, ela afirma que é reconhecida no emprego e não passa mais por situações de preconceito. “Eu fui bem recebida, foi uma sensação diferente. [Essa iniciativa] é uma maneira de demonstrar que eles se importam com a gente”, disse.

Maria Aparecida Costa, atendente da loja. Foto: Ana Karolline Rodrigues/Jornal de Brasília

Joana Cássia de Jesus, de 19 anos, também apresenta a deficiência e, há três anos, é atendente do McDonald’s da Saída Sul, na Candangolândia. Para ela, essa forma de comemoração à data demonstra bastante reconhecimento ao trabalho destes funcionários. “Nunca imaginei que eles fossem fazer algo assim, um evento desse. Está sendo muito legal. Para mim, nem tinha tanta gente assim (com deficiência) aqui e agora eu percebo que sim”, afirmou.

Segundo familiares desses profissionais, ter um emprego os ajudou bastante a conseguir independência. Para Thereza Laura Silveira, mãe do atendente Gabriel Silveira, o emprego o proporcionou realizar suas tarefas por conta própria. “Eu achei que deu maturidade, deu independência. Aqui é o espaço dele. Eu percebo muito mais individualidade e liberdade nele”, afirmou.

Loja decorada para comemoração da data. Foto: Ana Karolline Rodrigues.

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