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Brasília

Um dia após sofrerem punições leves, Gama e Brasiliense se calam

Arquivo Geral

23/03/2017 7h00

A confusão no Bezerrão começou com os jogadores e terminou com invasão das torcidas. Foto: Douglas Oliveira / Gama

Rosana Jesus
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Após esperar o resultado da sentença por mais de seis horas, Gama e Brasiliense se calaram perante a punição deferida pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF). Ambos os clubes receberam multas – R$ 33 mil ao Alviverde e R$ 11 mil ao Jacaré –, mas ainda não informaram se irão ou não recorrer da sentença. Além disso, o Periquito perde cinco mandos de campo.

Os times foram julgados, na última terça-feira, pelo envolvimento na briga generalizada do último dia 12, no Estádio Bezerrão.

Entre os dez jogadores acusados, nove foram suspensos por três jogos. Já o atacante Nunes, do time visitante, deve ficar sem jogar em seis partidas do Campeonato Candango.

Saiba mais

  • A audiência de terça-feira foi iniciada às 18h20 e recebeu os jogadores de ambos os times e membros da diretoria. A sentença dos envolvidos foi baseada no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que condena quem assume qualquer conduta contrária à disciplina ou a ética desportiva. O árbitro da partida, Almir Camargo, confirmou o que foi relatado na súmula, mas não quis opinar sobre o esquema de segurança montado para o público.

Alvo principal da punição do tribunal, o atacante Nunes foi um dos poucos que decidiu se manifestar. Para o experiente atacante, o julgamento ocorreu apenas para cumprir protocolos. “Infelizmente, eu acredito que a sentença já estava dada antes mesmo da audiência”, lamenta o jogador. “Minha punição deveria ter sido igual a dos outros jogadores, uma vez que foi comprovada a minha inocência”, crê. Ele, no entato, foi apontado como o pivô da confusão. Isso porque, de acordo com a denúncia, foi a partir de uma cotovelada desferida por ele contra o lateral gamense Dudu que a confusão cresceu.

Da equipe do Gama, os jogadores Eduardo, Dudu Gago, Raone, Paulinho, Roberto Pitio e Maringá ficarão de fora de três jogos. Já no Brasiliense, Gabriel, Elcarlos e Fernandes foram suspensos de três jogos. E além de Nunes ser punido em seis partidas, o auxiliar técnico, Guto, ficará de fora de dois jogos.

A audiência

Mesmo sendo chamado a atenção pela promotoria, por várias vezes, pelo uso do “achismo”, o advogado do Gama, Wendel Lopes, tentou encontrar outros culpados para o incidente. Lopes alegou que arbitragem e a Polícia Militar foram responsáveis pelo ocorrido por não ter punido com antecedência os jogadores, e por não ter impedido a torcida de entrar no campo.

A procuradoria do TJD-DF não ficou nada satisfeita com a defesa dos advogados e dos jogadores. Em depoimento, os atletas tentaram culpar os torcedores pelo ocorrido, o que foi extremamente lamentado pela procuradoria.

“Cheguei a ouvir o absurdo de que ofensas e xingamentos fazem parte do esporte. Foram depoimentos contraditórios”, disse o procurador Antônio Cesar Nildo de Oliveira.

A sala da audiência ficou lotada com a presença de jogadores, diretorias e jornalistas. Foto: Myke Sena

A sala da audiência ficou lotada com a presença de jogadores, diretorias e jornalistas. Foto: Myke Sena

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