Rafaella Panceri
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Um jovem de 23 anos morreu após pular da Ponte Honestino Guimarães neste domingo (22). Morador da cidade de Pelotas (RS), o turista saltou com mais dois amigos — uma moça, de Goiânia, e um rapaz brasiliense. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele se afogou, mas a causa da morte será confirmada pelo laudo do Instituto de Medicina Legal. Os bombeiros tentaram reanimá-lo no local por cerca de uma hora, sem sucesso.
“O grupo combinou de vir ao local por meio das redes sociais. Não sabemos se havia mais pessoas. Três pularam. O afogamento pode ter várias causas, como alimentação, fraturas, lesões medulares e ou mesmo pânico”, explica o major do Corpo de Bombeiros Gildomar Alves.
Os amigos relataram aos militares que tentaram segurar o rapaz e tirá-lo da água após perceberem que ele não reagia, mas o jovem estava desmaiado. Minutos depois, sem forças para conduzi-lo até a margem, chamaram o Corpo de Bombeiros.
Dois mergulhadores retiraram o jovem da água em cerca de um minuto. A equipe tentou reanimá-lo com massagem cardíaca e injeções de adrenalina durante uma hora, mas ele veio a óbito.
“Eles gritaram por socorro, mas, como estavam distantes da terra firme, ninguém escutava”, diz o major.
Traumatizados, os colegas preferiram não dar entrevista. Os pais de um deles daria a notícia à família, em Pelotas (RS). O casal também não quis conversar com a reportagem.
Diversão e risco
O major Gildomar Alves destaca que não é recomendado saltar de pontes no Lago Paranoá. “Há riscos na atividade, como a altura. Pode haver fratura, a pessoa pode desfalecer e entrar em pânico”, descreve.
“O fundo do lago é irregular. Em curtas distâncias, há uma grande variação de profundidade. É recomendado evitar o desconhecido. Na maioria dos casos de afogamento, a vítima sabe nadar”, alerta.