Menu
Brasília

Tráfico em família: hotel era usado como depósito, e venda ocorria em transporte por aplicativo

Arquivo Geral

22/03/2018 12h01

Breno Esaki/Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
[email protected]

O tráfico de drogas de elite em Águas Claras tinha um quarto de hotel como local de armazenamento de cocaína pura. Uma família, que atuava na venda de drogas para classe média-alta, agia na região há pelo menos dois anos e pode ter lucrado mais de R$ 100 mil por mês. Um dos envolvidos era motorista de transporte por aplicativo e a polícia suspeita que ele fazia tráfico durante as viagens. Quatro foram presos.

O grupo era composto pelos irmãos Camila Jorge Sobral de Andrade, 24 anos, Jorge Victor Sobral de Andrade, 21, Ruhan Sobral de Santana, 36, e pelo marido de Camila, Igor Ribeiro Silva, 26. “Eles vendiam às pessoas de classe média-alta de Águas Claras, Plano Piloto e Vicente Pires cocaína com 99% de pureza que eles adquiriam a R$ 25 mil o quilo e revendiam 0,5g por R$ 200. No fim da venda, lucravam R$ 65 mil”, informou o delegado Luiz Henrique Dourado Sampaio.

Foram pelo menos dois anos de atuação. Inicialmente, eles usavam uma kitnet em Arniqueiras, mas diante da aproximação de rondas da Polícia Militar, alugaram um quarto de hotel neste mês. Ali, segundo as investigações, o grupo mantinha a maior parte dos materiais e foi exatamente onde o principal articulador foi preso. Igor era o motorista de transporte por aplicativo que circulava pela cidade em carros de luxo e foi flagrado saindo do hotel com cerca de 150 gramas de cocaína. No quarto alugado, havia 3,5 kg de drogas e R$ 25 mil em espécie.

“Eram pessoas bem inteligentes, com sistema sofisticado e eficiente de tráfico de drogas e venda mais elitizada”, conta o delegado da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord). A droga, segundo ele, vem da fronteira do país, especialmente da Bolívia e Paraguai. Foram apreendidos cinco carros, sendo dois de luxo. Todos os integrantes moravam em Vicente Pires, com padrão de vida em ascensão, incompatível com a realidade. Exceto Igor, todos os demais tinham passagens pela polícia.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado