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Brasília

Traficante é preso dentro da UnB

Arquivo Geral

25/09/2018 7h15

Atualizada 24/09/2018 21h31

Homem é preso por vender drogas na UNB. DPE. Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília

Manuela Rolim
Especial para o Jornal de Brasília

O tráfico de drogas na Universidade de Brasília (UnB) mobilizou uma operação policial da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord). A ação resultou na prisão em flagrante de Ozéias dos Santos dos Anjos, 33 anos, acusado de vender maconha para os universitários em uma praça da instituição. Segundo a Polícia Civil, o homem contava com a ajuda de um cunhado, mas agia praticamente sozinho.

“Ele traficava no local há bastante tempo, sempre pela manhã. Era muito cuidadoso, não ficava com a droga em mãos, escondia as porções de maconha em árvores, folhas e pedras. No momento da prisão, tivemos que usar cães farejadores para encontrar o material”, afirma o delegado do caso, Luiz Henrique Dourado, da Cord.

De acordo com ele, o homem é ex-funcionário terceirizado do restaurante da faculdade. “Ozéias ia para a UnB com a desculpa de que era vendedor de produtos para tabacaria. Ele chegava cedo, montava a sua barraca e comercializava a droga”, explica o delegado. A polícia chegou ao suspeito após denúncias anônimas feitas pelos próprios alunos da UnB.

A investigação durou cerca de duas semanas até o momento da prisão. “Inicialmente, acompanhamos a movimentação de longe. Ele chega cedo à universidade e de carro. No dia 13, fomos até a UnB para efetuar a prisão, mas havia muitos alunos no local, o que gerou um certo tumulto. Resolvemos, então, voltar outro dia e pegá-lo em flagrante, como aconteceu. Presenciamos o suspeito vendendo maconha para um grupo de quatro universitários”, declara Dourado.

Com Ozéias, a polícia apreendeu poucas gramas da droga, inclusive algumas porções no carro dele. Já na casa dele, em Planaltina, a equipe encontrou um revólver calibre 32, quase R$ 5 mil em espécie, um pé de maconha e mais porções da droga.

“O tráfico era a sua única fonte renda. O faturamento dele chegava a R$ 200, R$ 300 por dia. Ele vendia a maconha mais barata, a convencional, o grama custa R$ 5, mas fazia isso todos os dias. Ozéias era muito conhecido pelos estudantes e até passava cartão”, completa Dourado.

Ele já tem passagens pela polícia por receptação e uso de drogas. Atualmente, estava em liberdade provisória. O suspeito vai responder por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. “A pena prevista é de seis a 19 anos de reclusão. Ao ser detido, ele negou qualquer envolvimento com o tráfico e disse ser apenas usuário, mas foi pego em flagrante. Não restam dúvidas do crime”, conclui o delegado.

Saiba Mais

A edição dessa segunda-feira (24) do Jornal de Brasília mostrou que, além das drogas “convencionais” como maconha, novos entorpecentes sintéticos – e perigosos – têm ganhado espaço na capital.

A Polícia Civil tem se empenhado a desarticular quadrilhas que comandam a venda dos produtos ilícitos, mas constantemente os criminosos modificam as fórmulas na tentativa de manter o mercado e escapar das autoridades.

 

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