Menu
Brasília

Testemunha sobre morte de PM: “tinha uns cinco caras armados”

Willian Matos

15/04/2019 10h30

Reprodução

Na madrugada desta segunda-feira (15), o tenente Herison de Oliveira Bezerra foi morto com três tiros no tórax dentro da casa de show Barril 66, em Águas Claras. O Jornal de Brasília teve acesso a fala de um dos policiais que foi acionado ao local na hora da confusão. Ele detalhou o que viu, desde quando chegou até a condução do autor dos disparos à delegacia.

O policial lembra que o Barril 66 estava bastante movimentado, e que os tiros deixaram as pessoas desesperadas. “Quando a gente parou em frente ao Barril 66, já ouvimos os disparos e desembarcamos. Tinha muita gente saindo correndo pela porta, pulando grade, e a gente do lado de fora não sabia quem estava armado, quem não estava. Foi quando saiu uma das testemunhas dizendo que tinha um policial baleado no chão. Aí a gente caiu para dentro, eu e o outro policial”, conta.

Foi aí que o policial viu várias pessoas armadas no local. “Quando chegamos lá dentro, tinha uns cinco caras armados, numa mistura de policiais civis e militares… uma loucura. Gente gritando lá dentro, correria, e a gente tentando identificar quem era quem. Daí, a gente viu o tenente caído no chão”, continuou.

Autor tentou fugir

Os policiais tiveram ajuda de uma pessoa que viu os disparos. Esta pessoa apontou o autor, que tentava fugir do local. “Uma das testemunhas apontou para uma pessoa e disse que era o possível autor. Ele estava saindo do local. Corremos atrás e pegamos ele já saindo da casa. Daí, ele falou que tinha sido o autor e que estava se entregando. Nós falamos ‘negativo, você está detido e vai acompanhar a gente até a delegacia’. Ele disse ‘estou me entregando’ e a gente ‘não, você está preso, cadê sua arma?’ Aí colocamos ele na viatura e tinha mais três papas-charlie (policiais civis) com ele, todo mundo armado, maior bagunça”.

Com o autor já capturado, restou levá-lo à 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). “Colocamos ele no banco da viatura. Ele não queria entregar a arma, daí falamos ‘entrega a arma para a gente’. Conduzimos ele até a delegacia e voltamos ao local para dar apoio ao tenente baleado e aguardar o Corpo de Bombeiros chegar. Acompanhamos o CBMDF até o hospital de Taguatinga Sul”.

A testemunha concluiu, lamentando a perda de um colega de profissão. “Foi uma bagunça lá, estava terrível. O pior de tudo, infelizmente, foi a perda do tenente, mas o autor está preso e vai ser autuado por homicídio qualificado”.

Veja o momento dos disparos no vídeo abaixo:

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado