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Brasília

Suspeito de espancar yorkshire até a morte é exonerado de secretaria

Arquivo Geral

28/03/2018 16h56

Danilo Leal de Araújo, acusado pela ex-namorada de espancar uma cachorra da raça yorkshire até a morte, foi exonerado do cargo que ocupava na Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF desta quarta-feira (28). A pasta alegou que não seria possível mantê-lo na estrutura de pessoal devido as investigações sobre a conduta do servidor.

O agressor é concursado da Secretaria de Saúde e estava cedido para a pasta de Crianças e Adolescentes com um CNE-7, o que corresponde a R$ 3.310,05 a mais no salário. Com a exoneração, ele volta à sessão de origem, onde tem um cargo de auxiliar de enfermagem.

Relembre o caso

Danilo Leal de Araújo, de 35 anos, é acusado de agredir brutalmente e matar uma cadela de cinco anos, da raça Yorkshire. A tutora do animal também sofreu agressões, mas passa bem. O caso ocorreu na madrugada do último dia 17, mas só veio à tona agora, pois a dona do pet estava com medo do agressor e foi visitar a família em Minas Gerais. A Delegacia da Mulher (Deam) acompanha a situação, que foi registrada pelas câmeras de segurança do prédio, que fica no Setor de Hotéis de Turismo Norte (SHTN).

O nome da cadela era Diva e, apesar de ter sido levada ao hospital veterinário após o ocorrido, não resistiu à hemorragia causada pelos ferimentos. A dona da cadela, que pediu para não ser identificada, alegou que tinha um relacionamento com o autor das agressões há quase cinco meses. Porém, após um jantar em comemoração ao aniversário dele, já na madrugada do dia 17, um sábado, a mulher colocou o pet no colo do então namorado. Ele, que não gostava muito do animal, reclamou da situação, teve um acesso de fúria e iniciou a sessão de maus-tratos.

“Eu coloquei a Diva no colo dele e disse que ele deveria fazer as pazes com ela porque ela era muito boazinha e uma boa companheira. Mas, ele começou a espancá-la. Não falou uma palavra. Ela a jogou até na parede. Ela tinha sangue por todo canto do corpo”, lembra. A mulher ainda tentou retirar o animal das mãos dele, mas acabou sendo empurrada e levou chutes.

Em um determinado momento, com a aproximação do porteiro, ela conseguiu segurar o animal e saiu gritando pelo prédio. Ela conseguiu entrar no carro e correu para o médico veterinário. Na clínica, o animal foi diagnosticado com hemorragia, vindo a morrer às 7h10, mesmo após tentativa de reanimação.

A mulher afirma que precisou de tratamento psicológico porque a cadela era sua única companheira, já que os pais faleceram e os irmãos moram em Minas Gerais. Depois do caso, a vítima falou com o agressor apenas uma vez, por telefone. Ele não teria mostrado nenhum arrependimento, nem constrangimento pelo que fez. Assim, ela quer levar o caso à Justiça para que ele pague pelo que fez.

Espancamentos

Este não é o primeiro caso de espancamento de animais que choca a capital. No dia 11 de fevereiro, defensores dos animais resgataram uma cadela que passou por maus-tratos. Hudson Batista de Melo foi denunciado por ter lançado ao chão a cachorrinha Hanya, mas assinou um Termo Circunstanciado e foi liberado para ficar com o animal. Somente após reclamação à Justiça uma defensora conseguiu adotar a cachorra.

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