Ana Clara Arantes
[email protected]
Após atrasos, paralisações e denúncias de sobrepreço, as obras no Sistema Corumbá IV estão mais perto da conclusão. Principal aposta para reduzir o problema da crise hídrica, o empreendimento foi visitado na manhã desta terça-feira (17) pelos governos do DF e de Goiás. Com 75% das obras concluídas até o momento, a previsão é de que tudo esteja terminado em dezembro deste ano.
“Esse é um grande legado que vamos deixar para as futuras gerações. Essa obra resolverá por muitos anos o problema de abastecimento de água do Distrito Federal e da região do Entorno Sul da capital”, disse o governador Rodrigo Rollemberg durante vistoria no local. Ele estima que o empreendimento proporcione estabilidade hídrica para, no mínimo, 20 anos.
Na primeira fase, serão liberados 2.800 l/s para abastecimento, etapa que beneficiará 600 mil pessoas. Já na segunda fase, que ocorrerá no ano que vem, a litragem chegará a 5.600 l/s dividida para o DF e Goiás. De acordo com Maurício Luduvice, presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, assim que Corumbá IV estiver finalizada, a água chegará às casas da população. “A ideia é começar em dezembro. Tanto o bombeamento quanto tratamento e distribuição”, afirma.
Regiões beneficiadas
No DF, metade da água de Corumbá IV será distribuída entre as regiões de Águas Claras, Arniqueiras, Gama, Núcleo Bandeirante, Park Way, Recanto das Emas, Santa Maria e Taguatinga. A outra metade estará disponível para quatro municípios de Goiás. São eles Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama, e Valparaíso. A intenção é estender as cidades beneficiadas.
O valor da obra é de R$ 550 milhões. Metade do valor é referente ao DF e a outra metade a Goiás.
Obra
A Companhia Saneamento de Goiás (Saneago) explica que a parte civil da captação já está pronta. A instalação das bombas deve ocorrer no fim deste mês, e a adutora está 100% concluída. “Dependemos das montagens eletromecânicas. Nosso desafio neste momento é a linha de transmissão para trazer energia para as bombas”, comenta o presidente da Saneago, Jalles Fontoura.