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Brasília

Serviços de táxi oferecem preços competitivos e população se beneficia com a concorrência

Arquivo Geral

20/10/2016 7h00

Atualizada 19/10/2016 22h40

Os aplicativos para celular oferecem descontos, em parceria com os taxistas. Foto: Angelo Miguel

Raphaella Sconetto
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A luta para que serviços de transporte individual sejam reconhecidos na capital do país não é recente. Entre idas e vindas na Justiça, são várias as opções para os brasilienses. Com a concorrência aumentando, os prestadores do serviço partiram para uma batalha do bem: conquistar os clientes com preço e qualidade.

Com o início dos serviços no DF em 2013, a companhia Easy, por exemplo, oferece serviços com o táxi branco, o mais comum. “A Easy é um Marketplace – comércio online – que conecta passageiros e motoristas, facilitando e otimizando o ato de pegar um táxi para todas as partes”, explica o diretor-geral da Easy no Brasil, Fernando Matias.

Atualmente, a Easy está com uma campanha de 30% de descontos em corridas, através do pagamento pelo aplicativo. “A campanha é realizada em parceria com os motoristas que aceitaram reduzir o valor de suas corridas”, conta Matias.

Outra companhia que investiu nos descontos foi a 99 – antiga 99Taxis -, que atua em Brasília desde 2014. Agora, o aplicativo conta com o “Modo Desconto”, que diminui em até 30% os valores das tarifas em horários de grande fluxo.

“Com o modo desconto, o táxi está igual ou mais barato que a concorrência de transporte de carros particulares, como o Uber. E com o diferencial de ter acesso ao corredor de ônibus, portanto com um trajeto mais rápido”, valoriza o gerente de relações públicas da 99, Ricardo Kauffman. Ele garante que o modo desconto é um recurso permanente, e não uma promoção de ocasião.

Em uma simulação de corrida, a reportagem pesquisou nos três aplicativos (99, Easy e Uber) uma viagem do Setor de Indústrias Gráficas (SIG) até o Conjunto Nacional, o que totaliza um percurso de cinco quilômetros. O valor pela 99 ficou entre R$ 12 e R$ 17; pela Easy fica em torno de R$ 11 a R$ 15; e pelo Uber, a corrida ficou na média de R$ 9 a R$ 12.

A estudante Gabriela Costa, 22 anos, que usa o transporte individual em pequenos percursos, acredita que os valores pagos ainda podem melhorar. “Talvez o preço não seja o principal atrativo, e sim a praticidade e rapidez dos serviços”, diz. “A pontualidade, respeito e tratamento adequado com o cliente são os principais requisitos para um bom transporte”, completa.

Busca por inovações

O presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do DF, Sued Sílvio, garante que os aplicativos de serviços de táxi são bem-vindos pela categoria. “Essas empresas trabalham com taxistas cadastrados no sistema público. O sindicato aprova esses aplicativos e trabalha também com parceria”, afirma.

Segundo Sued, o Sinpetaxi analisa a criação de um aplicativo próprio e busca por inovações nos serviços. “Mas nós temos regras para cumprir e o próprio governo limita nossas ações”, explica.

Em média, a frota de táxis do DF faz 10 mil corridas por dia. “A questão que pega é o preço. Por ainda não ser regulamentado, o Uberconsegue oferecer um valor inferior ao do mercado”, conclui.
Até ser aprovado, o projeto do Uber tramitou durante sete meses na Câmara Legislativa. No final de setembro, o SaferBlack, serviço executivo que atende no aeroporto, chegou a ser suspenso por uma liminar da Justiça, derrubada pouco tempo depois, em 7 de outubro.

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