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Brasília

Retorno da antiga Mesa Diretora da CLDF devolve poder a Celina Leão

Arquivo Geral

20/10/2016 7h00

Atualizada 19/10/2016 22h49

Após seguir, e vencer, sessão do Tribunal de Justiça, Raimundo Ribeiro bancou derrubada de decreto e tratorou os aliados do Buriti nessa batalha. Foto: Hugo Barreto

Francisco Dutra
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O grupo da presidente afastada deputada distrital Celina Leão (PPS) voltou a ter poder na Câmara Legislativa. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios negou o recurso da parlamentar para a suspensão do afastamento imposto pela Operação Drácon, mas aprovou o retorno da antiga Mesa, submetida ao mesmo exílio.

Saiba mais

  • Para piorar ainda mais a situação para o GDF na Câmara e deixar Juarezão ainda mais isolado, depois de quase dois meses o Executivo ainda não conseguiu definir um novo nome para a liderança do governo na Casa.
  • Agaciel Maia passou de franco favorito para azarão na corrida pela presidência. Perdeu força porque ao longo dos últimos meses vinha concentrando força demais no Legislativo. O movimento despertou desavenças e ciúmes entre colegas da base.
  • Dentro dos próximos dias, a Mesa Diretora retornará oficialmente. Celina Leão pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.

Neste cenário, a bancada fiel a Rodrigo Rollemberg e o próprio Buriti perdem influência na Casa. Também diminui a influência do distrital Agaciel Maia (PR) e as suas chances de ganhar a corrida pela presidência do Legislativo para o próximo biênio.

Nos últimos 57 dias, a Casa estava nas mãos do Buriti. O presidente interino, deputado Juarezão (PSB), e toda a Mesa Diretora provisória eram da base. Tendo uma da cadeiras da Mesa, Agaciel equilibrava boas relações com o governador e Juarezão, sempre mirando na próxima presidência.

Mas com a decisão da corte, Juarezão fica ilhado, enquanto os membros originais da Mesa, Raimundo Ribeiro (PPS), Bispo Renato (PR) e Julio César (PRB) têm todos os motivos para caminhar juntos.

“Serão três contra um. Lembre da derrubada do decreto antigreve. O governo não queria essa alternativa. Mas Juarezão foi tratorado pelo Raimundo. Sozinho, ele não conseguiu se impor para ditar o ritmo da Casa. O Raimundo fez o que quis e o governo perdeu”, comentou um parlamentar da base.

Sem a influência da caneta na Mesa, Agaciel perdeu musculatura na disputa pelo comando da Casa. Além disso, parte da base não está propensa a apoiar a sua candidatura, enquanto o grupo de Celina também trabalha em outro nome.

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