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Brasília

Refeição fora de casa sobe 8,34% no DF

Arquivo Geral

06/04/2017 7h00

Atualizada 05/04/2017 23h03

Tornello: substituição de produto para não elevar mais os preços. Foto: Breno Esaki

Gláucia Cardoso
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O custo da refeição fora de domicílio no Distrito Federal aumentou 8,34% no decorrer do ano passado. De acordo com uma pesquisa da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), é de R$ 30,66 o valor médio da refeição no início do ano. Em 2015, o valor fechou em R$ 28,10. A alta fica acima da inflação do período.

Para enfrentar a alta de produtos básicos, os restaurantes apostam na criatividade. O proprietário da Churrascaria Pampa, Leandro Suanno, conta que mudou a fórmula do rodízio para atrair os clientes. “Revimos o valores na metade do ano passado com o sistema de rodízio executivo, a R$ 22,90. Nossos clientes aumentaram”, afirma.

A churrascaria funcionava com o rodízio premium no valor de R$ 69,90. O cardápio contava com a presença de carnes nobres como contra-filé e picanha, trocadas devido ao custo elevado. Agora, serve carne de sol, fraldinha e costela nas mesas e recebe diariamente cerca de 200 pessoas.

Os primos Arthur Henrique e Hugo Henrique que trabalham no Setor de Oficina Sul, foram atraídos pelo preço do rodízio. “Viemos conhecer o local pela proposta do preço e pela qualidade”, explica Hugo, de 25 anos. “O preço da comida baixou por causa da perda de clientes e da concorrência entre os restaurantes”, completa Arthur, de 20 anos.

Desde de dezembro de 2016, o Restaurante Serpentina não altera os preços do cardápio. “Substituímos alguns alimentos por outros. Nossos custos aumentaram em torno de 10 a 12%, mas o preço médio da refeição ficou em R$ 21”, relata o prietário, Glauciano Tornello, de 36 anos.

Para Maxwel Ventura, proprietário de uma franquia do Giraffas, os gastos são responsáveis pela perda de clientes. “Com muitos gastos, o número de clientes reduziu cerca de 10%. Fazemos promoção para tentar atraí-los novamente”, conta o homem de 51 anos.

Proprietário também do restaurante Divino Fogão em Valparaíso, Maxwel diz que situação na cidade é ainda mais crítica. “Perto da loja há venda de marmita na rua por R$10 reais. Nisso eu perco boa parte do meu cliente, e ainda tenho gastos com impostos”.

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