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Brasília

Réveillon: público curte clima de paz e espiritualidade na Prainha

Arquivo Geral

31/12/2017 22h29

Atualizada 01/01/2018 0h21

Foto: Myke Sena

Raphaella Sconetto
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O clima de fé é nítido já na entrada da Praça dos Orixás, mais conhecida como Prainha. O batuque dos tambores dão ritmo para as danças de quem hoje veste, em sua maioria, roupa branca. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, 4.500 pessoas compareceram ao espaço.

Na Prainha tem espaço para todas as crenças, embora seja mais forte pessoas que são da Umbanda ou do Candomblé. Um exemplo da diversidade é da família da estudante Samara Ágatha, de 19 anos, que comemora pela terceira vez o Réveillon na Praça. “É um ambiente tranquilo, agradável, além de ser uma manifestação”, aponta.

Para a estudante, a Prainha tem um toque mais especial do que a virada na Esplanada. “A água, os fogos são bonitos”, resume. Para comemorar, a família de Samara trouxe tudo que é comum na data. “A ceia, bebida, até copo personalizado. Não temos hora para voltar”, brinca.

O vidraceiro Daniel Alves, de 42 anos, passa pela segunda vez a virada do ano na Prainha. No ano passado, foi só ele e a esposa. Para este, conseguiu convencer o restante da família a ir para a Praça. “O ano novo na Esplanada também é bom, mas aqui tem diversão, tem segurança, tem lugar para ficar com a família. Lá é mais festa, agito”, acredita.

Em 2018, o vidraceiro já espera algumas mudanças para a Capital. “Acima de tudo precisamos de melhorias na saúde, porque está precária. Segurança, ensino para nossas crianças”, afirma.

Oferendas à Iemanjá

A dona de casa Giselda Ribeiro de Sousa, 55, já perdeu as contas de quantas vezes comemorou a virada na Prainha. Praticante da Umbanda, separou algumas oferendas pra entregar à Iemanjá – na religião, é a rainha dos mares e é homenageada no dia. “Temos que saldar mesmo não tendo mar, a gente improvisa com o Lago Paranoá. Ela vai receber as oferendas do mesmo jeito”, conta.

Giselda Ribeiro de Sousa separou algumas oferendas para entregar à Iemanjá. Foto: Myke Sena

Giselda explica que, muito mais do que pedir, é preciso agradecer. “Iemanjá vai reger 2018, então temos que agradecer a tudo que fizemos, não fizemos, o que ganhamos, o que perdemos. Muitas vezes só pedimos, mas quando a gente agradece as coisas acontecem”, alega a umbandista.

Transporte público

Todas as estações do Metrô-DF funcionam das 14h às 23h30. Após às 23h30, o embarque será apenas na Central até às 2h e desembarque pode ocorrer em todas as estações. Quem anda de ônibus também contará com novidades: acontece reforço em todas as linhas em direção à Rodoviária e no caminho de retorno até às 3h.

Trânsito fechado nas vias próximas

O Governo de Brasília adotou medidas para que o trânsito esteja mais seguro nas aproximações das festas. Por isso, até as 5h de segunda-feira (1º), as vias da Esplanada estarão totalmente fechadas. Enquanto durar a interdição, os carros não poderão circular no Eixo Monumental, entre a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida (Catedral de Brasília) e a Rodoviária do Plano Piloto (via S1).

As vias centrais de ligação entre a L2 Sul e L2 Norte também estarão fechadas a partir das 23h45 até o encerramento da queima de fogos por motivos de segurança.

Já na Praça dos Orixás, ao lado da Ponte Honestino Guimarães, no Setor de Clubes Sul, a Coordenação de Policiamento e Fiscalização de Trânsito da Região Metropolitana, do Departamento de Trânsito (Detran-DF), fechará o tráfego até o fim da queima de fogos, à 0h30.

Quem sair do Lago Sul em direção ao Plano Piloto deverá somente transitar pela faixa central, pois a faixa da direita será exclusiva para o tráfego de veículos credenciados.

O acesso à via L4 Sul em frente à Praça dos Orixás ficará interditado devido à montagem da estrutura do evento e para assegurar a livre circulação de pedestres no local. Por isso, o condutor que for acessar a via L4 Sul, no sentido Asa Norte, deverá fazer o retorno pelo viaduto.

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