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Brasília

Professores do DF tentam invadir o Buriti após decisão de manter greve

Arquivo Geral

29/03/2017 13h18

Breno Esaki/Jornal de Brasília

Keven Garcia
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Mesmo após o Tribunal de Justiça considerar a greve dos professores da rede pública do Distrito Federal ilegal e determinar a volta imediata às atividades, a categoria decidiu manter a paralisação em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (29), em frente ao Palácio do Buriti. De acordo com a Polícia Militar, cerca de mil pessoas se reuniram no local.

No decorrer da movimentação, os manifestantes tentaram invadir o Palácio do Buriti, intimidando policiais e funcionários do local. Segundo eles, o objetivo foi chamar a atenção do governo. O grupo ocupou o gramado do prédio e gritou palavras de ordem como “A greve continua! Rollemberg, a culpa é sua”.

A greve não tem data para terminar. “Quem decide o término da paralisação é a nossa categoria. Nós iremos resistir até quando os professores decidirem, em assembleia, que é hora de acabar”, pontuou a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro), Letícia Montandon. Segundo os manifestantes, eles só irão sair do local após serem recebidos pelo governador Rodrigo Rollemberg.

Uma das representantes do movimento, Rosilene Correia, afirmou que a categoria irá continuar reivindicando os direitos dos professores e lutando contra a Reforma da Previdência. “Nós estamos no terceiro ano deste governo sem nenhuma atualização salarial. Os prejuízos se arrastam de um ano para o outro. A categoria dos professores continua sendo uma das que mantem o menor salário de nível superior. A lei é estabelecer a média de todas e equiparar o nosso salário à essa média. E é isso que está em pauta, mas infelizmente o governo não abre discussão, não há nenhum avanço e nenhum número foi apresentado”, ponderou Rosilene.

O movimento contou também com a presença de professores, alunos e demais profissionais da área. A União dos Estudantes Secundaristas do GDF foi representada pela estudante Raquel Gomes, do Centro de Ensino Médio 03 do Gama. “Estamos aqui pois a juventude está consciente dos malefícios e danos que sofremos por não ter um professor de qualidade e, muitas vezes, desmotivado. Queremos salas de aula de qualidade, educação de qualidade”, afirmou a estudante.

Trânsito

O trânsito na área central de Brasília ficou bastante prejudicado com a manifestação. Segundo a Polícia Militar, a via N1 do Eixo Monumental precisou ser fechada e, até às 18h, ela permanecia assim.

Myke Sena

Myke Sena

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