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Brasília

Prepare o bolso! Conta de água fica 2,99% mais cara a partir de junho

Arquivo Geral

30/04/2018 8h43

Shutterstock

O consumidor do DF precisa se preparar porque vem mais aumento por aí. A partir de 1º de junho, o valor do serviço de água e de esgoto será corrigido em 2,99%. O percentual foi autorizado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) e oficializado no Diário Oficial do DF (DODF), desta segunda (30).

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) havia pedido uma mudança de quase 10% na tarifa sob a alegação de dificuldades orçamentárias sofridas devido a crise hídrica. Entretanto, a Adasa sugeriu uma mudança de 2,06%. O impasse na definição do reajuste preocupou moradores que não se mostraram satisfeitos com a mudança, conforme o Jornal de Brasília adiantou semana passada.

Leia Mais: Conta de água aumentará no DF

O acréscimo na conta d’água gerou dúvidas até na própria Caesb.  O Conselho de Consumidores da empresa se posicionou contra o reajuste. Para todos eles, a alta de 9,69%, não é razoável para o momento.

“Ficamos surpresos com essa postura da Caesb. Entendemos que o consumidor se sentiu lesado com isso, pois a empresa solicitou redução de consumo e a consequência vai ser o aumento da conta. Não há o mínimo de congruência”, afirma o presidente do Conselho de Consumidores da Caesb, Alexandre Veloso, ao analisar que seria uma punição, mesmo para aqueles que fizeram a sua parte.

De 2015 para cá, foram 29,95% de aumento. Assim, uma pessoa que pagava R$ 100 na conta de luz no início de 2015, este ano já paga R$ 129,95. Se a alta de 9,69% for aprovada, ela terá que retirar do bolso R$ 142,54 pelo mesmo consumo de três anos atrás.

Em nota a Adasa informou que o reajuste corresponde a dois índices tarifários: o anual, de 0,93% e o extraordinário, de 2,06%. A proposta inicial era de reajuste anual de 0,51%, mas foi corrigido para 0,93% diante da comprovação de gastos considerados como componentes financeiros, tais como publicações oficiais e orçamento para o Conselho dos Consumidores da Caesb, criado há um ano.

Servidor ameaça greve

Em meio às discussões sobre o valor do aumento, ontem, os funcionários da empresa resolveram paralisar os serviços para que haja respostas mais precisas às suas demandas. Eles se reuniram em assembleia e decidiram que, no próximo dia 04 de maio, haverá uma nova reunião , porém, desta vez, com indicativo de greve.

Os servidores da Caesb querem que a empresa dê mais 30 dias para discutirem a nova data-base, que deveria começar a valer no dia 1º de maio; a reposição das perdas inflacionárias do período de maio de 2016 até maio de 2018; e a continuidade do atual funcionamento das escalas. Segundo o Sindicato da categoria, o Sindágua, a Caesb quer que a empresa funcione com três escalas de 8 horas cada turno, diferente do que, atualmente, ocorre em que há turnos de 12 horas com intervalo de 24 ou 36 horas.

Para o diretor de imprensa do Sindágua, Paulo César Bessa, a Caesb não sinaliza nenhuma negociação. “A gente quer renovar o acordo coletivo nos moldes que vem sendo feito há anos, mantendo as cláusulas e a inflação. E também quer o acumulado dos dois últimos anos, já que desde a data-base do ano passado não temos reposição da inflação”, afirma.

A empresa ofereceu somente 1,25% pela reposição dos dois anos. Porém, a reivindicação dos funcionários é de um reajuste de 5,88%. Para o diretor Paulo Bessa, é o mínimo, pois nem haverá um aumento salarial, apenas a reposição dos últimos anos. Sem consenso, as negociações devem perdurar por mais algum tempo.

VERSÃO OFICIAL

A Caesb, por meio de nota, garante que não é verdade a falta de vontade de negociar alegada pelo sindicato. “É importante frisar que a Caesb está em processo de negociação e de reuniões com o sindicato há 60 dias, portanto, não procede essa informação de que não há negociação. A empresa não concorda com prorrogação de data-base justamente porque as negociações começaram com bastante antecedência”.

Sobre o percentual de reajuste oferecido, a empresa informa que ofereceu 1,25% porque seria o possível neste momento, tendo em vista o momento de crise hídrica e de acentuada queda no faturamento da Companhia. A Caesb complementa que a paralisação ocorrida ontem, não teve reflexos no funcionamento da Companhia ou no atendimento dos serviços para a população do Distrito Federal.

 

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