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Brasília

Polícia suspeita de caseiro no assassinato de professor

Arquivo Geral

18/07/2018 20h53

Atualizada 19/07/2018 8h01

Reprodução/Facebook

Tainá Morais
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Em busca da elucidação do assassinato do professor do DF Rubens Guedes Memória, 55, a polícia procura o principal suspeito:  o caseiro da fazenda da vítima. Foi na propriedade em Cristalina (GO), Região Metropolitana do DF, que o servidor foi encontrado morto, segunda-feira passada.

Testemunhas disseram ter visto o caseiro saindo da fazenda  no carro do servidor, em alta velocidade. “Estamos em busca dele para ouvi-lo e para que ele possa prestar os esclarecimentos, uma vez que ele e o veículo da vítima sumiram. Além disso, ouviremos outras testemunhas”, afirma o delegado Danillo Martins Ferreira,  da Polícia Civil de Goiás, que investiga o caso.

Leia também: Professor encontrado morto teria lutado contra assassino, aponta perícia

Rubens teria lutado contra o assassino para se defender, segundo a perícia. De acordo com o delegado, no corpo da vítima havia  marcas provocadas por material contundente. Um machado, encontrado ao lado do corpo, teria sido a arma utilizada.  “O material está em análise e   passará por perícia para descobrirmos se o sangue nele é de Rubens ou do autor do crime”, explica Ferreira.

Carro da vítima. / Foto: Divulgação/PCGO

Encontrado por visita

Professor de Educação Física da rede pública do DF, Rubens foi encontrado morto em uma estrada próxima à   fazenda. Quem avistou o cadáver foi  um vizinho. que havia ido ao local para visitá-lo. “Esse conhecido não o encontrou em casa e resolveu voltar para casa. Quando acendeu o farol da motocicleta que conduzia, viu Rubens   morto. Então,   acionou a polícia”, detalha.

O delegado acredita que o local em que ele foi encontrado não é o mesmo da execução.  A   suspeita é de que  o servidor tenha saído em busca de ajuda, porém acabou morrendo no meio do caminho. A corporação investiga a hipótese de Rubens ter sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), uma vez que o carro do servidor não foi encontrado desde a descoberta do crime.

Comoção no enterro

Bom, tranquilo e lutador pela educação. Assim, amigos e familiares descrevem o professor de Educação Física, que também era    advogado.  O corpo da vítima foi velado na tarde de ontem, no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. A família evitou falar com a imprensa, mas pessoas mais próximas desabafaram sobre a revolta em torno do assassinato – ainda sem qualquer explicação.

Velório do professor do DF assassinado em Cristalina (GO). Foto: Kléber Lima/Jornal de Brasília

Violência chocou amigos

A violência do crime assustou os amigos do servidor. “É muita crueldade. E pode ter sido alguém que o conhecia, que sabia da rotina dele. Até porque Rubens não era de ter problemas com ninguém. Ao contrário. Era batalhador, gente boa e profissional. Ele só brigava pela Educação Física”, afirma o amigo e servidor Francisco Marcolino.

O professor estava perto da aposentadoria, prevista para este semestre. Ele dava aulas no Centro de Ensino Médio Setor Leste, na L2 Sul. Além de lecionar, também advogava. “Certamente, é um amigo que fará falta não só para o lado pessoal, mas também no profissional, até porque ele amava as profissões”, conta Geraldo Barradas, amigo e professor de Educação Física.

Sócio do escritório de advocacia de Rubens, Welington Maciel contou que até sexta-feira manteve contato com o professor. “Provavelmente o fato ocorreu no fim de semana, pois nos falamos antes disso”, disse. Welington trabalhava há 12 anos com o sócio e espera por justiça. “Que seja feita da melhor forma. Era uma pessoa benquista e que sempre gostou de todos. Não merecia ter morrido dessa forma cruel e trágica”, lamenta.

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