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Brasília

Polícia prende suspeito de matar homem e jogar corpo em cisterna

Arquivo Geral

29/06/2017 8h24

Divulgação

A Polícia Civil apresentou nesta quinta-feira (29) o pedreiro Juciano Ferreira Cabral, 27 anos, suspeito de assassinar o marceneiro José Aparecido de Lima, 57 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de uma cisterna de aproximadamente 12 metros de profundidade, na região do “Café Sem Troco”, próximo ao Paranoá.

De acordo com o delegado da 30ª Delegacia de Policia, João Guilherme Carvalho, o crime teria sido motivado por uma desavença na negociação de lotes. Juciano e José planejavam fazer uma troca dos terrenos que tinham pose. Como o lote do pedreiro era menos valorizado, ele deveria pagar uma diferença de R$ 7 mil para o marceneiro. Porém, a transação não ocorreu bem. “Nós recebemos denuncias de que Juciano já havia repassado o lote para outra pessoa e não pretendia pagar a quantia combinada. Isso provocou um desentendimento entre os dois”, explica o delegado.

O corpo de José foi encontrado no dia 26 de maio, após denúncias de vizinhos, embrulhado em sacos de cimento e com um arame no pescoço. O assassino tentou esconder o cadáver junto com restos de um gado para dificultar a busca. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas a policia suspeita que a vítima recebeu uma pancada na cabeça e, em seguida, foi estrangulada.

A cisterna onde o corpo foi encontrado fica a apenas 20 metros da casa do autor. Um saco de cimento idêntico ao que embrulhou o corpo da vítima foi encontrado na residência dele. Após o crime, o pedreiro é publicou uma mensagem no Facebook. “Sou do tipo de amigo que ajuda outro até a enterrar uma pessoa… Mas se pisar na bola comigo lembre-se, eu sei enterrar uma pessoa”, afirma em seu perfil pessoal.

Crime

De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu na manhã do dia 12 de maio, mesmo dia em que a vítima desapareceu. “O pedreiro foi a única pessoa a se encontrar com José neste dia. Juciano chegou inclusive a usar o carro do marceneiro, que foi encontrado carbonizado posteriormente. Câmeras de segurança das proximidades flagraram o carro da vítima saindo de casa, mas não voltando”, informou o delegado.

Em depoimento, o suspeito disse que foi buscar umas ferramentas com o veículo da vítima, mas que o devolveu em seguida. Bastante emocionado, ele se defende e diz que é inocente. “Eu sou uma pessoa pobre, mas R$ 7 mil reais não iam fazer nenhuma diferença. Eu gostava muito dele. Nunca faria isso”, desabafou Juciano.

O suspeito foi preso no dia 5 de junho, depois que agentes tiveram a informação de que ele saía da região do Café Sem Troco, rumo a São Sebastião, pela BR-251. Ele estava no banco de trás do veículo quando foi abordado e conduzido à 30ª Delegacia de Polícia. Juciano será autuado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, podendo cumprir até 30 anos de prisão.

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