Rafaella Panceri
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Dois homens responsáveis por matar e jogar o corpo de Maiko Tavares da Silva, 15, em uma vala foram presos nessa quinta-feira (20) em Planaltina de Goiás. O crime aconteceu na mesma cidade, no mês de maio, e chamou a atenção pela crueldade. Na ocasião, os criminosos esfaquearam o garoto mais de 20 vezes e tentaram esconder o corpo, ao enterrá-lo em um terreno baldio.
Para a polícia, foi uma morte anunciada, porque os assassinos e a vítima tinham um longo histórico de desavenças. Neste ano, o Grupo de Investigação de Homicídios, localizado no Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS) de Planaltina, já registrou 35 homicídios.
As investigações apontaram que a dupla premeditou o crime, mas nega envolvimento. No entanto, testemunhas confirmam a presença dos dois no mesmo dia e horário do crime e relatam que um deles tinha brigado diversas vezes com a vítima. “Ele já tinha ameaçado o Maiko de morte”, explica o delegado Antonio Humberto, chefe da Delegacia de Homicídios de Planaltina de Goiás.
Welisson Rocha de Souza, 18, foi preso na rua e tem antecedentes criminais como menor de idade. Paulo Sérgio Sousa França, 21, foi preso na delegacia. “Ele é o principal suspeito de uma tentativa de latrocínio na cidade e foi intimado. Aqui, vimos que havia um mandado de prisão em desfavor dele, que foi cumprido”, ilustra o delegado. Nos antecedentes criminais dele, consta uma tentativa de homicídio.
Histórico de desavenças
“O Welisson e a vítima tinham brigado várias vezes, de acordo com testemunhas. Ele já havia ameaçado a vítima de morte”, conta o delegado. Os presos negam envolvimento no assassinato. No entanto, as investigações foram encerradas. “Com elementos suficientes que confirmam a autoria. Eles foram vistos no local do crime naquela noite, justamente onde o Maiko desapareceu. Uma testemunha ouviu os dois comentando que tinham matado o garoto”, diz o delegado, ao apontar o conjunto dos elementos.
Os jovens respondem pelo crime de homicídio qualificado (quando a vítima não teve a chance de se defender e o motivo é fútil). A pena aplicada pode ir de 12 a 30 anos de prisão. Além disso, respondem por ocultação de cadáver. Nesse caso, a detenção varia entre um e três anos.
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