A Polícia Civil do Distrito Federal e o Ministério Público do DF (MPDFT) abrem, na manhã desta terça-feira (23), a 3ª fase da Operação Genebra, que apura fraudes na contratação de serviços da Cruz Vermelha de Petrópolis, no Rio de Janeiro, para gerenciar as Unidades de Pronto Atendimento de São Sebastião e Recanto das Emas, ocorrida em 2010.
Agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na residência de Joaquim Carlos da Silva Barros Neto, ex-secretário de Saúde do DF. Segundo apurado, ele teria mentido nas declarações prestadas à Decap, sobre a existência de indícios de que tinha conhecimento do ilegítimo processo licitatório que culminou na contratação da Cruz vermelha Petrópolis, autorizando a contratação.
São cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da Cruz Vermelha Brasileira e na sede da Cruz Vermelha – filial do RJ, ambas localizadas no centro na cidade do Rio de Janeiro. Investigadores também cumprem mandados nas casas dos presidentes das respectivas entidades, Roseli Pimentel Sampaio e Luiz Alberto Lemos Sampaio, no bairro de Copacabana, Zona Sul do RJ.
Nesta fase, a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap/PCDF) e o MPDFT apuram a participação dos presidentes das entidades na contratação fraudulenta da Cruz Vermelha Petrópolis e a Secretária de Saúde do DF. A Cruz Vermelha Petrópolis recebeu antecipadamente dos cofres do DF a quantia de R$ 3,4 milhões, valores hoje atualizados em R$ 9,7 milhões, sem prestar qualquer serviço ao ente distrital.
Com as ações da 3ª fase da Operação Genebra, ainda em andamento, já foram apreendidos telefones celulares, computadores, pendrives e documentos. Na residência de Roseli Pimentel Sampaio foi encontrado um revólver, calibre 32, sendo autuada em flagrante e conduzida à respectiva delegacia circunscricional da área no Rio de Janeiro.
