Matheus Garzon
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A administração do Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral, encara como uma fatalidade o episódio em que uma criança de 6 anos foi picada por uma cobra, ocorrido ontem (04). De acordo com Daniela Assis, chefe substituta da reserva, por se tratar de uma área de preservação, há chance de animais cruzarem o caminho dos visitantes. “O ambiente natural está sujeito a esses acidentes”, pondera.
Com relação ao estado de saúde da criança, foi informado que, ainda ontem, a família já pôde levá-la para casa. “Ela passa bem. Não houve nenhum sinal de toxicidade, nenhum edema, e ela não está se queixando de dor”, comentou Daniela. A cobra não foi identificada, mas, segundo a administradora, a julgar pela boa recuperação da paciente, não era peçonhenta.
O caso
Ainda conforme a administradora, a criança estava saindo pelo acesso à Piscina Pedreira, também conhecida como Piscina Velha, quando foi picada. “Nessa época de frio, animais como as cobras procuram locais mais quentes para ficar. O chão de pedra, por estar exposto ao sol, é uma dessas fontes de calor. Provavelmente a cobra estava procurando esse lugar mais quente e se sentiu assustada com a movimentação de pessoas”, conjectura Daniela Assis.
Nesses casos, é importante comunicar a equipe do parque o mais rápido possível. A piscina sempre conta com, no mínimo, três recepcionistas, um salva-vidas, um enfermeiro e um técnico de enfermagem. Em casos mais graves, como o de ontem, o Samu ou os bombeiros são chamados.
Contato com animais
Para evitar esse tipo de acidente, a administração conta que tem uma equipe cujo objetivo é alertar os frequentadores do parque sobre os perigos de certas ações que podem parecer simples. “A equipe de recepção orienta os visitantes a se afastarem da mata, a não oferecer alimento aos animais, não botar a mão na árvore… todos esses cuidados para evitar problemas.”, relata a administradora.