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Brasília

Pedreiro desaparece um dia após ser internado no Hospital do Guará

Arquivo Geral

19/07/2018 19h29

Atualizada 20/07/2018 8h20

Foto: Kleber Lima

Ana Clara Arantes
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A família do pedreiro Marisvaldo Alves Pereira, 41 anos, está desesperada em busca de notícias. Ele está desaparecido desde terça-feira (17), quando fugiu do Hospital Regional do Guará (HRGu). O homem estava internado em decorrência de pressão alta e dores no peito.

Segundo Jéssica Fernanda Martins, 27, esposa de Marisvaldo, na segunda-feira (16) o marido estava com consulta marcada no Posto de Saúde da Cidade Estrutural. Chegando ao local, antes da consulta, aferiram sua pressão e constataram que estava alta. Ele reclamava também de dor no peito.

Ela relata que medicaram Marisvaldo ainda no posto. Mas, como o medicamento não surtiu efeito, os profissionais acharam melhor encaminhá-lo ao HRGu. Ele foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Jéssica conta que o marido estava “bastante dopado” no momento da internação. “Passei a noite com ele. Meu marido não conseguia nem levantar sozinho”, relembra a monitora de creche.

Na manhã seguinte, ela foi em casa buscar algumas roupas para os dois. Voltando ao hospital na parte da tarde, porém, percebeu que ele já não se encontrava mais no local.

“Os funcionários disseram que ele saiu por conta própria e que não podem se responsabilizar”, reclama Jéssica. A mulher foi à delegacia de polícia registrar ocorrência e saiu de lá com a promessa de que apurariam  a suposta negligência.

Relato
A família recebeu a informação de que Marisvaldo esteve em Vicente Pires, na tarde de terça-feira, pedindo informações sobre como chegar à Estrutural. Um homem explicou o caminho ao pedreiro e, quando soube que ele estava desaparecido, entrou em contato com os familiares. “Fui até lá, mas não o encontrei. Ontem voltei e hoje irei novamente procurá-lo”, diz a esposa.

Versão oficial
A direção do Hospital Regional do Guará (HRGu) informa que Marisvaldo deu entrada na unidade no último dia 16, “foi medicado de acordo com o quadro clínico apresentado e permaneceu em observação até o início da tarde de terça-feira (17)”. Depois, “um profissional voltou ao leito e constatou que ele não estava mais no local”, completa a nota.

“De imediato, foram feitas buscas nas dependências da unidade, porém, o paciente não foi localizado”, continua. A Secretaria de Saúde ressalta que qualquer paciente, em sã consciência, tem o direito de ir e vir. “Portanto, não se pode obrigá-lo a permanecer no hospital contra sua vontade”.

A direção do HRGu destaca que acompanha o caso e está em contato com a família.

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