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Brasília

Parque Tecnológico de Brasília corre o risco de sofrer alterações

Colaborador JBr

09/01/2017 20h53

Atualizada 10/01/2017 13h25

Com a entrada de outros segmentos, Ricardo Caldas fala em deslocar os investimentos para Goiás. Foto: Angelo Miguel

Joyce Coelho
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O setor de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) do DF declarou, na tarde desta segunda-feira (9), a sua insatisfação com o anúncio de sanção do Projeto de Lei Complementar nº 76/16 pelo governador Rodrigo Rollemberg. O documento prevê alterações no projeto de criação do Parque Tecnológico de Brasília que, segundo o Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor), terão impacto negativo direto na composição do espaço.

O setor reclama da alteração do nome do Parque Tecnológico Capital Digital para BioTIC, que incluiu a “cadeia produtiva de Biotecnologia”. Segundo o Sinfor, durante várias reuniões, o GDF garantiu que o segmento seria representado pelo EmbrapaTEC, ou seja, sempre na trilha da Tecnologia da Informação. Porém, o sindicato afirma que com a PLC 76/16, o governo explica que a intenção é expandir  o conceito, permitindo que o espaço seja ocupado por “comunidades, agricultores e indústrias, tais como: agropecuária, alimentos, farmacêuticas, perfumes e cosméticos”.

De acordo com o presidente do Sinfor, Ricardo Caldas, a criação do projeto era restrita somente ao setor de Tecnológia da Informação. “Trabalhamos durante 16 anos em um projeto coerente, que segue os padrões internacionais. Conseguimos o terreno pela TerraCap. E agora o governador resolve mudar a lei?”, conta. O presidente questiona o pouco caso com o projeto. “Sinceramente, é um desrespeito por parte de Rollemberg, pois ele conhece muito bem o nosso projeto. Fazer essa mudança irá desvirtuar o nosso parque. Porque na medida que ele acrescenta outro setor, a área já planejada fica descaracterizada”, completa.

Ainda segundo Ricardo Caldas, as empresas que entraram em parceria possuem seu próprio investimento e uma capacidade para atrair até R$ 500 milhões em aplicação para uma área com capacidade para se tornar o novo polo de TIC mundial. Ricardo destaca que se caso o governo insista no modelo, o recurso será realocado e poderá ser destinado à construção de um empreendimento no Entorno de Brasília.

“Esperamos que ele reflita. É uma lei forte, de autoria do executivo. Sei que é um caminho de difícil retorno, mas o governador pode criar uma nova lei e revogar. Sinceramente, espero que nosso setor seja dinamizado”, desabafa Ricardo Caldas.

A Sinfor apresentou dados em que o setor de Tecnologia da Informação gerou mais de R$ 3,1 bilhões em faturamento, em 2015. Com parcela de informatica, teriam sido arrecadados cerca de R$ 240 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS), no ano de 2016. Ainda segundo os dados, trinta mil postos de trabalhos são ocupados atualmente. E com a construção do PTCD, outros 60 mil empregos serão gerados.

Até esta publicação, o GDF ainda não havia se pronunciado.

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