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Brasília

Organizadores do Babydoll acusam GDF de dificultar obtenção de patrocínio; Secretaria rebate

Arquivo Geral

19/01/2018 11h32

Breno Esaki/Jornal de Brasília

Matheus Venzi
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Os organizadores do bloco de carnaval Babydoll de Nylon trocam farpas com o Governo de Brasília para justificar a não realização do evento em 2018. A decisão era conhecida desde a noite de quinta-feira (18), mas foi oficializada, em coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (19). Os responsáveis pelo BDN citam entraves criados pelas autoridades para obter patrocínio privado, mas a Secretaria de Cultura rebate e alega falta de iniciativa do próprio bloco.

Raphael Pontual, um dos fundadores do Babydoll, afirma que o enorme público do ano passado, de 160 mil pessoas, fez com que a organização repensasse o modelo do bloco. “Nós tivemos alguns fatos isolados de intolerância, insegurança e desrespeito. Isso nos fez perceber que quanto mais gente tiver, mais difícil fica controlar a multidão”, explica. Por causa disso, os organizadores pensaram em fazer um novo formato que continuaria gratuito mas com um número controlado de pessoas.

Breno Esaki/Jornal de Brasília

Segundo Pontual, o BDN, juntamente com os outros blocos, tentaram criar um grupo de trabalho junto ao GDF após o termino do carnaval de 2017. Entretanto, ele afirma que não houve sucesso e ainda tiveram de aceitar um edital “pouco atrativo” para  2018, afastando a iniciativa privada.

Rosely Youseff, outra organizadora do BDN, acusa o governo até de ter dificultado o patrocínio direto das empresas privadas. “Só foram se reunir com a gente [os blocos] no dia 9 de janeiro, faltando pouco tempo pro carnaval”, critica.

Apesar da frustração, o também líder do bloco, David Murad, comentou ser apenas um até logo a Brasília. “Isso não é um adeus. Voltaremos com um novo formato, melhor e mais seguro em 2019”, promete.

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A Secretaria de Cultura do DF esclareceu que houve um seminário em agosto de 2017 para discutir modelos de patrocínio direto ao Carnaval de Rua do DF e o Babydoll de Nylon teria participado. O valor proposto por uma empresa interessada foi considerado baixo, e isso teria motivado, inclusive, o Governo e Brasília a dobrar o aporte à festa no DF, disponibilizando R$ 5 milhões para em 2018.

Ainda conforme a pasta, os eventos tinham até 26 de dezembro para fazer cadastro junto ao órgão, mas o Babydoll não teria seguido os procedimentos a tempo. Segundo a Cultura, todos os pedidos dos blocos relativos a infraestrutura foram “plenamente atendidos” e a reunião com os representantes dos eventos aconteceu em 9 de janeiro por questões administrativas e burocráticas.

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