Menu
Brasília

Ordem judicial é descumprida e bebê continua à espera de leito na UTI

Arquivo Geral

25/06/2018 21h35

Atualizada 26/06/2018 13h41

Foto: Arquivo Pessoal

Ana Clara Arantes
[email protected]

Clarice Alves Silva ainda fará dois meses de nascida, mas já luta pela vida. Ela foi diagnosticada com uma cardiopatia congênita grave: janela aorto pulmonar, hipertensão pulmonar acentuada e insuficiência mitral discreta. A bebê segue internada no Hospital de Ceilândia, onde nasceu, para observação, mas precisa de leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Uma decisão judicial determinou a internação em qualquer hospital, mas, segundo a família, nenhum quer aceitar o caso.

“A qualquer momento ela pode ter uma descompensação”, repetia a avó Ana Lúcia Alves Pereira, 47, auxiliar de serviços gerais. Segundo ela, Clarice nasceu com icterícia e estava na maternidade do HRC quando foi submetida a exames. “Foi assim que foi detectado um sopro no coração. Depois disso, outro exame no Incor (Instituto do Coração de Brasília) confirmou o diagnóstico”, relembra.

Ana Lúcia conta que o estado da menina é estável, mas a qualquer momento ela pode piorar. “Por causa da medicação, o fígado já está alterado”, diz. No dia 22 deste mês, a família procurou a Defensoria Pública e conseguiu ordem judicial para internar Clarice em qualquer hospital, mas a decisão não foi cumprida.

A mãe da criança, Letícia, 16 anos, está bastante estressada e seu leite secou. Por isso, a bebê precisa de suplementos, mas não os aceita bem e está perdendo peso. “Não sabemos mais quanto tempo aguardaremos”, completa Ana Lúcia.

Versão Oficial

Hoje, quatro crianças aguardam leitos de UTI. De acordo com a Secretaria de Saúde, Clarice está regulada para vaga na UTI pós-cirúrgica do ICDF. “A Regulação faz buscas, 24h por dia, para que a criança seja atendida o mais rapidamente”. O HRC informou que a criança está em bom estado e sob cuidados.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado