Manuela Rolim
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Após quase duas semanas sofrendo com a circulação da frota reduzida, usuários do transporte público do DF começam a semana com um cenário melhor. Os rodoviários aceitaram ontem a proposta ofertada pelos patrões e desistiram da greve geral, marcada para começar hoje. Entretanto, funcionários da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), empresa administrada pelo governo local, declararam que cruzarão os braços a partir de hoje, para exigir reajuste salarial.
A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Rodoviários, Jorge Farias. Segundo ele, as linhas que vão para o Aeroporto Juscelino Kubitschek serão as mais prejudicadas. “Nem a data-base do ano passado foi fechada. Os servidores da TCB não têm outra opção a não ser parar amanhã (hoje)”, ressaltou.
O GDF informou estar impedido de conceder reajuste devido à Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto, não haveria o que fazer.
Já os demais rodoviários aceitaram receber reajuste de 10% no salário; 11% para tíquete-alimentação, cesta básica e plano de saúde; e 30% no plano odontológico. “A negociação foi muito cansativa, mas a categoria foi inteligente ao aceitar a proposta. O cenário é de crise política e financeira. De fato, não foram os valores que pedimos, mas também não foi uma oferta ruim”, afirmou Jorge.
Segundo o presidente do sindicato, o último sábado foi inteiro de negociação. No fim do dia, no entanto, os empresários ofereceram 8% de reajuste salarial e 9,83% no tíquete-alimentação. “Estávamos decididos a começar a greve. Hoje (ontem) pela manhã, antes de ir para a assembleia, liguei para fazer uma última tentativa e eles fizeram a proposta atual”, concluiu.
Saiba mais
Antes do acordo, os rodoviários pediam quase 20% de reajuste salarial, retroativo a maio.
Cerca de 500 coletivos extras foram retirados de circulação no último dia 22. A frota total do DF é de 2,6 mil ônibus.
