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Brasília

Número de turistas sobe no DF e ocupação de hotéis cresce 6,42%

Arquivo Geral

03/07/2017 6h00

Atualizada 05/07/2017 19h49

Toninho Tavares/Agência Brasília

Amanda Karolyne
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Nada como uma boa viagem para relaxar de todo o estresse do dia a dia, para esquecer os problemas, até mesmo a crise. De acordo com a Secretaria de Turismo do Distrito Federal, em 2017 o mercado de viagens e ocupação hoteleira teve um aumento de 6,42%, se comparado com 2016. Enquanto dados do Ministério do Turismo afirmam que no geral o faturamento cresceu 4,3% no primeiro trimestre deste ano.

O secretário-adjunto de Esporte, Turismo e Lazer, Jaime Recena destaca que os gasto dos turistas foram maiores este ano. “De R$ 478,79 por dia, os turistas passaram a gastar R$ 644,69. O que causou um impacto na economia geral”, completa. A consequência direta gerada para a economia brasileira foi de uma movimentação de R$ 32,3 milhões, contra os R$ 16 milhões de 2016.

Ele explica que tal conclusão se fundamenta em uma pesquisa realizada pelo Observatório do Turismo, que leva em conta a movimentação do turismo no DF nos feriados e grandes eventos. “A movimentação de turistas em Brasília vem crescendo a cada ano, identificamos isso nos eventos como carnaval e feriado do dia 21 de abril”, diz.

Entre as cidades criativas

Jaime acredita que as ações como feiras de turismo e de captação de eventos têm colaborado para o crescimento da capital como uma cidade de turismo e lazer. “Além é claro dos projetos para o turismo criativo, onde Brasília agora está incluída na rede de cidades criativas”.

Ele aponta que o número de estrangeiros viajando para Brasília cresceu 2% em comparação com o ano passado. “Isso mostra como nossa busca por promover Brasília como uma cidade de turismo de lazer está fazendo efeito”. Para ele, sempre comentavam como fazia falta algo em Brasília no sentido turístico, e agora o cenário está mudando.

Já o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem do Distrito Federal (ABAV DF), Carlos Vieira, avalia que estão ocorrendo oscilações no mercado. “Apesar disso, o mercado dá sinais de que vai se recuperar. Mas vai demorar um pouco”, analisa.

Ponto de vista

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem do Distrito Federal (ABAV DF), Carlos Vieira, comenta que o volume de embarque e desembarque no aeroporto JK, de Brasília, tem sido menor. “Em fevereiro deste ano foi 15% menor que em janeiro, que por outro lado, foi maior que dezembro do ano anterior”, aponta.
Ele explica que ocorre uma oscilação do movimento turístico. Como março que apresentou números de embarque e desembarque maiores que os do mês de maio. E entre eles, abril teve 8% a menos. Para ele, a essa oscilação está ligada a busca pelo crescimento do mercado do turismo. “Todo mundo quer viajar, mas quem vai viajar de fato?”, questiona. Ele argumenta que viajar é o primeiro item da pauta do lazer, logo, é também o primeiro quando se trata de cortes econômicos. “As pessoas só viajam quando as contas estão organizadas. E se os outros setores da economia estão ruins, o nosso também vai estar, por depender da macroeconomia”, cita. Carlos explica que esses dados são baseados em pesquisas feitas pela Inframerica, que administra aeroporto. E ele destaca que mesmo com a oscilação, os empresários mantêm expectativa alta de crescimento.

 

Mais gente de fora

De acordo com o gerente da agência de viagens e operadora BancorBrás, Júnior Lins, esse quadro está relacionado as vendas nacionais. “O mercado internacional a gente têm comparado com o segundo semestre de 2016, então o crescimento foi de 7%”, explica.
Ele explica que a evolução no câmbio, a inconstância na política internacional e outras coisas, colaboraram para que o mercado nacional aumentassem, em detrimento do internacional. “E isso favorece também o movimento das viagens dos brasileiros para países da América do Sul”, destaca. “Porque as viagens para Argentina, Chile e Peru, apresentam melhor custo-benefício para os clientes em relação aos da América do Norte e da Europa, por exemplo”, completa.

A empresa está com um foco em viagens de grupo no momento, segundo Júnior. “Esses grupo que viajam para conhecer vinícolas, que vão para Portugal pela aparição de Nossa Senhora. Grupos de afinidades têm dado muito certo e saído mais”, frisa.

Planejamento prévio ajuda a economizar

Mesmo que a crise econômica atingindo o mercado de turismo do Distrito Federal, algumas empresas têm se mostrado positivas com os resultados do primeiro semestre de 2017. Como a BancorBrás, que neste período teve 45% de crescimento se comparado com o começo do ano passado.

Outra empresa que tem se mantido positiva sobre o turismo neste primeiro semestre, é a CVC. Mas de acordo com a agência, os destinos internacionais se sobressaíram 65% se comparado com os nacionais. “Os brasilienses estão viajando mais para fora do país. Movimento contrário de outras regiões do Brasil, em que as pessoas preferem viajar para destinos nacionais”, afirma a empresa.

Eles perceberam que o consumidor está mais confiante, e têm planejado com antecedência as viagens este ano. Isso muda um pouco o perfil habitual do turista brasileiro.

Forma de economizar

No Carnaval a administradora Maria José Oliveira, 45 anos, foi para a Península de Maraú, Bahia, e no feriado de Corpus Christi viajou para Capitólio, Minas Gerais. E no que diz respeito ao planejamento de viagem, Maria acredita que é uma parte importante de se fazer para viajar, porque as coisas não ficam tão caras.

“Eu costumo pagar tudo referente a passagens e despesas de transporte e hospedagem, e deixo para depois só os custos com a alimentação”, explica. Ela costuma viajar sempre que possível, e ainda este ano pretende voltar para Minas.
Para dizer que nunca foi ao exterior, Maria conta que esteve ano passado na Bolívia e no Peru em uma excursão. Ela admite: é adepta das viagens de grupo.

A servidora pública Sandra Cristina Ribeiro, 44 anos, viajou este ano para Tailândia e Cingapura. “A viagem foi planejada com um grupo de amigos e as reservas foram todas feitas pela internet, sem intermediação de agência de viagens”, conta. Para ela, viajar é prioridade. Até agora fez três, com o planejamento da quarta a caminho.

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