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Brasília

Novo secretário de Meio Ambiente aposta na articulação para fazer mudanças

Arquivo Geral

22/12/2017 7h00

Atualizada 21/12/2017 22h23

Foto: Myke Sena

João Paulo Mariano
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Com apenas 16 dias no cargo, o novo secretário de Meio Ambiente, Igor Tokarski, avalia que já foi possível iniciar uma nova gestão baseada na unificação do trabalho de todos os órgãos ambientais, como o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Jardim Botânico e o Zoológico. “O cenário atual exige que somemos esforços para que não haja lacunas”, analisa. Porém, ele corre contra o tempo, já que, com a pretensão de se candidatar a deputado distrital pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), o mesmo do governador Rollemberg, precisa se licenciar da vida pública até abril do ano que vem para concorrer ao pleito de outubro. Será que vai dar tempo de fazer tudo? O Jornal de Brasília conversou sobre esses e outros assunto com o secretário que assumiu após desembarque da Rede Sustentabilidade da base do governo.

Como o senhor recebeu a nomeação para secretário de Meio ambiente?

Não vejo como surpresa, mas também não estava no radar. Recebi essa missão com muito entusiasmo. Devido ao meu histórico, acho que posso contribuir bastante, em especial no diálogo com a sociedade, com o Poder Legislativo e com o setor produtivo também. Agora é conseguir ter uma agenda de equilíbrio, sempre atento à questão da conservação, até porque passamos por uma crise hídrica.

De avaliação inicial, o que precisa mudar?

“Há uma serie de normas que precisam ser integradas, pois estão isoladas e complicam a interpretação. Precisa criar uma linha de critérios objetivos, mais desburocratizados, que vão se refletir para licenciamentos. É preciso olhar para o arcabouço jurídico de modo a tirar pequenas armadilhas.

O senhor anunciou que focará na gestão compartilhada entre os órgãos ambientais. Isso não ocorria anteriormente e de que forma isso funcionaria?

Tive uma recepção muito boa tanto dos servidores quanto dos gestores, o que faz crescer o meu entusiamo. Trabalhar em equipe faz parte da minha formação profissional e como ser humano. Quando falo que tem que ter uma harmonia maior é sem olhar gestões anteriores. O cenário atual exige que somemos esforços para as agendas e anseios da sociedade. Digo que, com todas as funções que já exerci, tenho condição de falar isso e me facilita em ser um articulador. Precisamos estabelecer e criar um novo momento e um novo cenário para que haja um somatório de esforços para que possamos alcançar os objetivos que a sociedade e o setor produtivo esperam.

Em muitos momentos, o setor produtivo não seria um inimigo da questão ambiental?

Se existir, hoje, um cenário em que o setor produtivo enxergue o sistema ambiental como inimigo, ou ao contrário, nós vamos vencer. Eu acredito que isso não exista. Nós vamos fortalecer o diálogo, intensificar os níveis de parceria, de conscientização, conciliação, orientação e, obviamente, de fiscalização. Mas tem que ser num uso progressivo do diálogo. Não enxergamos o setor produtivo como inimigo. Ambos podem se ajudar.

Vai ser possível fazer tudo isso com os possíveis cinco meses à frente da pasta?

Se deprender só de mim, diria que com certeza. Meu entusiamo é grande, e quando somado ao entusiasmo dos outros atores fica enorme. Isso não me assusta. Seja qual for a função, não tenho medo, não me furtaria a colaborar com a cidade, com uma agenda que acredito, com um governo que acreditamos.

Por que agora se candidatar a deputado distrital se em 2014 o senhor foi candidato a federal?

“O cenário de 2014 era diferente. Tive a oportunidade de fazer um trabalho para a cidade e com as pessoas. Preciso ressaltar isso, pois a política moderna não trabalha para as pessoas, trabalha com as pessoas.

O meio ambiente pode se tornar uma bandeira política do senhor em 2018?

Está muito cedo para falar de bandeiras do processo eleitoral. Mas a maior bandeira, e a que a população espera, é um compromisso maior com a sociedade e com a coisa pública. Eu tenho até uma relação histórica com a agenda ambiental e é óbvio que, se fizermos um trabalho positivo, teremos condições de apresentar para a população em uma candidatura.

Houve incômodo na sua entrada na secretaria, já que se deu após a saída da Rede?

“Acho que o processo político tem suas circunstâncias, seus caminhos. Nesse caso, acabaram culminando com a decisão da Rede Sustentabilidade. É uma decisão tomada por eles, com os quais sempre tive uma boa relação. Não tem motivo para criar nenhum tipo de empecilho. Hoje, eu estou fazendo parte do PSB e da secretaria, que me orgulha e é uma missão que eu carrego com entusiasmo.

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