Tainá Morais
[email protected]
Quase 10 mil pessoas justificaram o voto, neste domingo (7), no shopping Pátio Brasil, na Asa Sul. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) a maioria das pessoas que fizeram a justificativa se mudou de outro estado para Brasília e não realizou a transferência do título ou estão veio a passeio e não pôde votar.
Para fazer o processo era necessário preencher um formulário com nome completo do eleitor, número, zona e seção do título antes de chegar aos mesários. “Caso alguém não tenha título, é necessário apresentar apenas o número, caso ela saiba”, explicou um colaborador, que preferiu não se identificar.
Medo e expectativa
O “não poder votar” deixou vários eleitores preocupados com o resultado das eleições. A comerciante Sandra Casteliamo de Araújo, 44 anos, veio de Senador Canedo, cidade que fica a 25 km de Goiânia, para poder acompanhar a mãe que está adoentada e não pôde votar em quem mais queria, o presidenciável Bolsonaro. “Mesmo não votando, tenho as melhores expectativas, mas ao mesmo tempo muito medo, que é grande. Queremos mudança, mas temos medo do que possa acontecer com o resultado, principalmente do novo presidente do Brasil”, confessa.
Já a Josileia Lessa Castro, 27 anos, mudou há pouco tempo para Brasília e ainda não conseguiu transferir o título para votar nesta eleição, mas também tem medo de golpes durante a contação de votos. “Tenho receio das fraudes e o que nos espera daqui para frente. Bolsonaro tem que ganhar, se não ganhar, é porque algo de errado aconteceu”, afirma.
Falta de informação
Não faltou vontade em votar, mas faltou informação para aqueles que chegaram de outro estado em Brasília. É o caso da professora Jassira da Silva Lima, professora, 54, que está na capital há 15 dias e não sabia que havia possibilidade de votar em trânsito. “Eu não sabia que tinha que fazer cadastro até agosto para poder votar em outra cidade. Isso atrapalhou porque eu fazia questão de votar”, lamenta.
A turista que veio de Paraná, Rondônia, tem esperança que as eleições 2018 ‘salvem’ o Brasil. “Acredito no Bolsonaro. Não acredito que ele seja o salvador da pátria, mas eu, como professora, compactuo com as ideias e propostas dele como candidato”, explica.
Por volta das 17h, o processo de justificação foi finalizado.
