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Brasília

Mulher denuncia ter sido agredida por vigilante na UPA de Ceilândia

Arquivo Geral

22/01/2018 19h29

Reprodução

A Polícia Civil investiga um caso de agressão a uma mulher cometida por um vigilante da UPA de Ceilândia. Em um vídeo gravado por uma testemunha ainda no local, logo após o ataque, a vítima, de 32 anos, aparece com o rosto e camisa ensanguentados, enquanto um homem pressiona um pano na cabeça dela, na tentativa de estancar o sangramento. “Filma ele! Olha aqui como está a situação da população”, protesta a mulher, que teria sido golpeada com um cacetete pelo segurança ao ser expulsa da unidade por ter reclamado da falta de atendimento. O episódio ocorreu por volta das 13h30 desta segunda-feira (22).

Ferida, ela foi encaminhada para atendimento no Hospital Regional de Ceilândia e, depois, seguiu para a 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), para registrar a ocorrência. Aos agentes, a mulher contou que foi até a UPA em busca de atendimento para seu marido, que se encontra adoentado, quando foi informada que não seria possível, uma vez que não havia enfermeira na unidade. Sabendo que não seria atendida, ela contou ter ficado indignada e falado para os demais pacientes ligarem para o 160 – canal de atendimento da Saúde – para registrar uma ocorrência por conta do possível descaso.

Nesse momento, conforme o depoimento da mulher, o vigilante apareceu e pediu que ela e o marido se retirassem do local, tendo dito para ele: “saia daqui, seu vagabundo!”. A mulher, então, questionou o porquê dele estar chamando-o de “vagabundo”, momento em que ele teria dito o mesmo para ela. Na sequência, segundo a acompanhante, ele usou um cassetete para desferir um golpe em sua testa.

O vigilante, de 55 anos, também compareceu espontaneamente à delegacia e deu uma outra versão sobre o ocorrido. Na ocorrência, ele alegou legítima defesa após ter sido vítima de lesão corporal.

Versão oficial

Questionada pelo JBr sobre a falta de atendimento, a Secretaria de Saúde comunicou que, durante a tarde desta segunda, vários pacientes em situação considera grave deram entrada na unidade e, por protocolo, foram priorizados. “Havia três clínicos atendendo aos pacientes que chegavam e aqueles internados nas salas Vermelha e Amarela, além dos transportados pelo Samu e Corpo de Bombeiros”, afirmou.

Segundo a gerência da UPA de Ceilândia, o paciente deu entrada na unidade e foi informada que pacientes graves aguardavam atendimento, os que estavam internados seriam priorizados e que ela deveria aguardar. O paciente e sua acompanhante, ainda de acordo com a UPA, teriam se exaltado, chutando cadeiras e portas. “Um vigilante que estava na Sala Vermelha foi até a recepção e pediu calma, sem sucesso. Então, ele tentou contê-los, foi agredido e, ao se defender, acabou acertando o rosto da paciente”, contou.

Por fim, a Secretaria de Saúde informou que a conduta do vigilante será avaliada.

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