Jéssica Antunes
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Testemunhas começaram a ser ouvidas no processo que apura a conduta do policial civil de Goiás acusado pela morte de Gustavo Gero. O empresário foi morto a tiros no meio da rua em Taguatinga após defender o amigo de ataques racistas em maio. Em audiência de instrução ocorrida na tarde de quarta-feira (11), a Justiça do Distrito Federal decidiu manter o réu preso. A corporação goiana vai ter que ceder documentos que apontem afastamentos do suspeito por supostos problemas psicológicos.
Durante a audiência ocorrida no Tribunal do Juri de Taguatinga, cinco testemunhas foram ouvidas e o acusado, Paulo Roberto Gomes Bandeira, foi interrogado. Na ocasião, o Ministério Público requereu que a Polícia Civil de Goiás fornecesse cópias dos documentos funcionais do réu, que podem indicar eventuais procedimentos disciplinares e punições. Afastamentos e motivos para isso também deverão ser informados.
As diligências foram autorizadas pelo magistrado João Marcos Guimarães Silva. Procurada, a corporação não respondeu se a solicitação foi formalizada até a publicação desta matéria.
Pedido de liberdade
A defesa do policial civil tentou fazer com que Paulo Roberto respondesse ao processo em liberdade, substituindo a prisão por outras medidas cautelares. No entanto, o pedido foi negado pelo juiz. O magistardo considerou a gravidade do caso e que houve violação de ordem pública e a gravidade do caso.
Relembre o caso
O caso aconteceu por volta das 14h de sábado, 12 de maio, na QNL 9/11 de Taguatinga. Gustavo Gero Soares morreu com tiros no peito ao tentar defender um amigo de ataques racistas. O acusado é Paulo Roberto Gomes Bandeira, 51 anos, policial civil de Goiás afastado para fazer tratamento psiquiátrico. Após brigar com a dupla de amigos, ele buscou uma arma dentro do carro e disparou no meio da rua. O agente já era conhecido por ajudar na fuga de presos.
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