A motorista que atropelou e matou um ciclista de 61 anos na QI 7 do Lago Norte, em abril do ano passado, foi condenada a indenizar a indenizar a família da vítima em mais de R$ 1 milhão. A decisão é do juiz substituto da 18ª Vara Cível de Brasília. Ainda cabe recurso.
O valor da indenização inclui pagamento de pensão durante 14 anos, restituição de despesas e danos morais. No dia da tragédia, Edson Antonelli trafegava numa ciclovia quando foi atingido pelo carro de Monica Karina Rocha Cajado Lopes. A estudante de 21 anos estava embriagada – o resultado do teste de bafômetro foi de 0,865 mg de álcool por litro de ar expelido.
A mãe de Monica também é ré no processo porque é nome dela que o veículo envolvido na batida está registrado. “Presume-se, com efeito, que o proprietário entregou voluntariamente o veículo ao condutor, assumindo o risco pelos danos causados a terceiros”, afirmou o magistrado.
A indenização foi estipulada da seguinte forma:
– Pagamento de pensão, no valor correspondente a 5 salários mínimos mensais (R$ 4.770, em valores atuais), a contar de 23/04/2017 até a data em que o Edson completaria 75 anos;
– Restituição de R$ 4.680,36, relativo às despesas com o funeral;
– Pagamento de R$ 599,90, referente à bicicleta danificada;
– Restituição de R$ 3.169,45, referente aos gastos médicos comprovados;
– Indenização de R$ 50 mil para a esposa e dois filhos de Edson por danos morais.
Somados, os valores ultrapassam R$ 1 milhão.
Em dezembro de 2017, Monica foi condenada por homicídio culposo (sem intenção de matar) e embriaguez ao volante. A pena era de 2 anos e 6 meses de reclusão, mas foi convertida em prestação de serviço comunitário.
O acidente
Edson Antonelli morava na mesma quadra onde o acidente ocorreu. Ele pedalava numa ciclovia quando foi atingido por um GM Onix. A motorista estava alcoolizada. Edson não portava documentos pessoais, mas o DER conseguiu contato com a família e informou que o homem havia sofrido um acidente. Em seguida, o filho de Edson chegou ao local. Ao avistar o corpo no chão e toda a cena após a batida, entrou em desespero.
Naquele dia, a motorista chegou a ser presa, mas foi liberada ao pagar fiança de R$ 5 mil. Em depoimento, Monica contou que estava numa festa. Ao sair, pediu um carro para ir até a casa de uma amiga, na QI 12 do Lago Norte, onde havia deixado seu veículo. Na volta para casa, teria dormido e acordado após a batida.
