Menu
Brasília

Morre mãe de rapaz acusado de bruxaria após assassinar o pai

Arquivo Geral

17/08/2018 11h40

Reprodução/Facebook

Josenita Lima Braga, de 50 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (17), quatro dias depois de ter sido esfaqueada pelo filho. Gabriel Lima Braga, 23 anos, foi acusado de mexer com “bruxaria e feitiçaria” após assassinar o pai a facadas e ferir a mulher na última segunda-feira (13), na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires. As causas da morte ainda não foram esclarecidas.

Pastora da igreja evangélica Ministério Internacional Vida Abundante, Josenita foi ferida no rosto, pescoço, braço e barriga. Conforme o Jornal de Brasília mostrou nesta semana, no mesmo dia do crime a mulher recebeu alta do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Os familiares confirmaram a morte, mas não deram detalhes se foi em decorrência das facadas.

Uma parente, que não quis se identificar, disse apenas que a pastora estava muito machucada. “Ela passou mal ontem à noite e não resistiu. Estava muito triste e abalada com tudo que aconteceu”, afirmou.

Nas redes sociais de Josy, como era chamada, amigos e familiares lamentam a perda. “A dor só aumenta. Agora ela foi para os braços do Pai e irá encontrar o homem que deu a vida por ela”, disse uma amiga. “Grande mulher de Deus. Mais uma flor que Ele preparou e levou, deixando somente a enorme falta que irá fazer em nossas vidas”, completou outra.

Leia mais: ‘Eu amo vocês, mas tenho que fazer isso’, disse jovem ao esfaquear os pais

Jovem que matou o pai a facadas tinha conflitos familiares por religião e homossexualidade

Internada, a mulher prestou depoimento à Polícia Civil e revelou que o filho já havia causado problemas. Ela, inclusive, chegou a colocá-lo pra fora de casa, mas acabou deixando que retornasse. Josenita disse ainda que o filho mexia com “magia negra, feitiçaria e bruxaria”.

Gabriel teve a prisão preventiva decretada na última terça-feira (14). Na ocasião, o Núcleo de Audiências de Custódia afirmou que “a medida é também uma forma de preservar a vida da mãe do garoto”. Em entrevista ao JBr., uma amiga do acusado revelou que o rapaz enfrentava problemas em casa por ser gay e não frequentar a igreja dos pais, pastores evangélicos. O réu está em ala psiquiátrica e seguirá preso até o julgamento.

Relembre o caso

As agressões começaram por volta da 1h30. A mulher ouviu o marido gritando e foi tentar apaziguar a situação. Mas o rapaz também começou a esfaqueá-la. Ela ficou ferida no rosto, pescoço, braço e barriga. “Ele falava ‘eu amo vocês, mas tenho que fazer isso’”, disse a mulher aos policiais na época. Ela chegou a pedir para que ele parasse “por misericórdia”, mas ele não parou.

A mulher acreditava que a intenção do filho era de matar o casal, mas que não conseguiu porque seu marido a defendeu.

Mulher quem chamou a polícia

Em um momento de distração do rapaz, a mulher de 54 anos conseguiu se trancar no quarto e colocar a cama para barrar a entrada do filho. Nessa hora, ela acionou a Polícia Militar. Os policiais precisaram arrombar a porta para ter acesso à casa, que fica na Colônia Agrícola Samambaia.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado