Menu
Brasília

Morre a tigresa Laila, de falência renal, aos 21 anos

Arquivo Geral

26/06/2017 21h43

Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Acometida de falência renal, morreu no sábado (24), aos 21 anos, a tigresa Laila, com a qual a Fundação Jardim Zoológico de Brasília trabalhava em seu programa de reprodução de espécies ameaçadas.

A tigresa teve piora no quadro de saúde no mês passado. Na última semana, a situação se agravou e ela não resistiu. O animal viveu sete anos a mais do que a expectativa em vida livre, que é de 14 anos.

De acordo com o diretor do Zoológico, Gerson Norberto, o grande felino já sinalizava problemas, o que levou a equipe técnica do órgão a fazer exames extras há cerca de 40 dias.

À época, veterinários alteraram a medicação para amenizar o sofrimento e propiciar maior conforto à felina.

A fundação tem papel concreto na conservação de espécies. Além de manter geneticamente saudáveis os grupos sob sua guarda, adota medidas para garantir seu bem-estar e reprodução.

“O Zoo faz pesquisas a respeito das espécies sob seus cuidados, muitas vezes em parceria com instituições nacionais e internacionais e também desenvolve educação ambiental, aumentando a consciência e conhecimento do público sobre os desafios da preservação da fauna silvestre”, frisa Norberto.

Além de Laila, a fundação trabalha com os tigres de Bengala Rabisco e Maia. O trio nasceu no próprio Zoológico de Brasília e é a segunda geração dos felinos que vivem sob cuidados do órgão.

Eles são filhos dos tigres Hanny e Sultão (já falecidos). De acordo com o tratador, Antônio Paulo Soares, com mais de 30 anos dedicando aos animais, Laila era a mais temperamental.

A conservação ex situ, praticada pelo Zoológico de Brasília, destina-se à preservação de fauna fora do seu habitat natural. No caso dos animais, ela visa o desenvolvimento de técnicas de reprodução e manejo em cativeiro.

Permite também treinamento de pessoal técnico científico, ampliação dos comitês de manejo das espécies silvestres, estabelecimento e incentivo aos programas de educação ambiental, ações que permitem a manutenção da fauna em longo prazo.

“Zoológicos são hoje indispensáveis para salvar a biodiversidade”, diz Norberto. “Nenhum outro lugar tem mais conhecimento do que um zoológico para produzir uma população capaz de sobreviver, a partir de poucos exemplares de uma espécie.”

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado