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Brasília

Ministério Público intervém e GDF reabre diálogo com a Polícia Civil

Arquivo Geral

24/08/2016 22h56

O Ministério Público promoveu reunião conjunta para reabrir o diálogo entre os representantes dos sindicatos da Polícia Civil e o GDF. O objetivo é pôr fim ao movimento grevista da categoria, que tem prejudicado a população do DF e o sistema de Justiça no processo criminal. Os policiais reivindicam reajuste salarial em paridade com o da Polícia Federal.

Faltam servidores

A quantidade de agentes em atividade é um dos motivos de preocupação do sindicato. Com um efetivo de 4.838 servidores, a categoria defende que é preciso fazer novas contratações. “Nós temos um quadro deficitário em mais de 50%. Um efetivo menor que o de 1993, enquanto a população mais que triplicou”, diz o sindicalista Rafael Sampaio.

Durante a reunião conjunta, ocorrida depois de uma série de encontros individuais entre os envolvidos e o MPDFT, os representantes do GDF comprometeram-se a apresentar uma proposta de negociação. Na semana passada, o MP também solicitou ao Tribunal de Justiça a realização de uma audiência de tentativa de conciliação com os representantes dos sindicatos da Polícia Civil, com a participação do GDF. A reunião ainda não foi agendada.
“É do interesse do MP que essa situação seja resolvida o quanto antes e, até que o Judiciário se posicione, não estamos parados, mas buscando reabrir e manter o diálogo entre as partes na busca de uma solução pacífica do conflito”, frisou a procuradora Distrital dos Direitos do Cidadão, Maria Rosynete Oliveira.

Cargos entregues

Rafael Sampaio, diretor do Sindicato dos Delegados, informou ter entregue à Casa Civil do DF uma lista, ainda incompleta, com os nomes de 857 servidores que pedem exoneração dos cargos comissionados.

Para o sindicalista, a medida é mais grave do que uma greve geral, considerando que as investigações dos crimes serão paralisadas. “Tudo isso vai ficar comprometido em razão dessas exonerações”, completou.

Os servidores da Polícia Civil vão atuar de forma limitada, o que prejudicará até os crimes mais graves, como homicídios e estupros.

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