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Brasília

Ministério Público do DF denuncia quatro integrantes da Máfia dos Concursos

Arquivo Geral

08/09/2017 20h43

Foto: Reprodução

A Promotoria de Justiça de Águas Claras denunciou nesta sexta-feira (8) quatro pessoas suspeitas de integrarem a Máfia dos Concursos. Os denunciados Hélio Ortiz, Bruno Ortiz, Rafael Rodrigues da Silva e Johann Gutemberg dos Santos foram processados pelos crimes de organização criminosa, fraudes em certames de interesse público e falsificação de documento público.

A ação penal foi encaminhada à Vara Criminal e do Tribunal do Júri da cidade. As investigações, deflagradas pela Operação Panoptes em 21 de agosto, continuam e possíveis fatos referentes a outros envolvidos poderão resultar em novas ações penais. A ação apura esquemas de fraudes em concursos públicos do DF, ocorridas pelo menos nos últimos cinco anos. O grupo vendia vagas em concursos públicos, diplomas de cursos superiores e vagas em vestibular de medicina.

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As investigações apontaram que as fraudes eram realizadas, geralmente, de quatro formas. Uma delas era a utilização de ponto eletrônico pelos candidatos, que recebiam as respostas por membros da organização criminosa, denominados “pilotos”, que seriam os responsáveis por fazer a prova e sair do local com as respostas. Outra forma de operação era a utilização de celular escondido no banheiro, com transmissão das respostas.

Também foi verificado o envolvimento de bancas organizadoras, que recebiam as folhas de resposta quase em branco e faziam o preenchimento de acordo com o gabarito oficial. Foi apurado, ainda, casos de outras pessoas que faziam a prova no lugar dos inscritos, com o uso de documentos falsificados.

Máfia dos Concursos

O grupo era liderado por Hélio Ortiz, velho conhecido da Máfia dos Concursos. O ex-servidor do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) já havia sido preso pelo mesmo motivo em 2006, mas foi solto antes mesmo de ser julgado.

Segundo as investigações, ele voltou a comandar uma organização criminosa que envolvia funcionários de bancas organizadoras e o dono de uma faculdade que fornecia diplomas de curso superior aos candidatos. Para a polícia, o homem jamais deixou de agir. Além de Hélio Ortiz, seu filho, Bruno Ortiz, tido como “herdeiro” da máfia agia de forma operacional.

Rafael Rodrigues da Silva Matias, braço direito de Bruno, e Johann Gutemberg, dono do Instituto Nacional de Ensino Especial, faculdade que funciona em Taguatinga, foram detidos sob suspeita de providenciar diplomas de curso superior para os candidatos que não cumpriam a exigência do concurso.

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