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Brasília

Metrô DF: Samambaia ganha duas estações

Arquivo Geral

21/09/2018 7h00

Atualizada 20/09/2018 23h17

Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília

Manuela Rolim
Especial para o Jornal de Brasília

Em meio à ameaça de greve no metrô do Distrito Federal, um anúncio: a expansão da linha 1, finalmente, deve sair do papel. O governador Rodrigo Rollemberg lançou o edital de licitação da obra, o que não acontecia há quase 30 anos na Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF). O projeto, orçado em R$ 123 milhões, visa a construção de duas novas estações da cidade de Samambaia. As obras devem começar no início de 2019 e a previsão de término é em até quatro anos. Com os investimentos na companhia e a negociação dos pleitos dos funcionários, a direção do Metrô espera evitar que os profissionais cruzem os braços.

Quando as novas estações estiverem prontas, o governo estima um aumento de cerca de dez mil usuários por dia e menos três mil carros nas ruas de Brasília. “A expectativa é que esse número cresça ainda mais futuramente. Vamos lançar um projeto habitacional para a área onde haverá a expansão do metrô, portanto, mais pessoas serão beneficiadas”, afirma Rollemberg.

Na ocasião, o governador destacou ainda outros projetos aprovados pelo Ministério das Cidades e pela Caixa Econômica Federal. São eles: a expansão do metrô em Ceilândia e a chegada do meio de transporte até o início da Asa Norte.

“Até o momento, só houve autorização para a obra em Samambaia, mas já está tudo aprovado, inclusive um projeto de modernização da companhia. Nesse caso, optamos por um financiamento do Banco do Brasil e já demos início às mudanças nos sistemas de radiotelefonia, sonorização e transmissão de dados. Nossa preocupação é com a segurança e a qualidade do transporte”, declara Rollemberg, ressaltando o compromisso do GDF de levar a expansão da companhia adiante.

Para o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, a obra vai mudar radicalmente a questão da mobilidade no DF. “É um projeto que demanda tempo, mas, depois de concluído, vai transformar a vida das pessoas”, afirma.
Em meio à queda de braço por reajuste salarial, Dourado ressaltou o papel dos servidores de carreira da companhia no processo de licitação. “Eles estão no controle de tudo, o que garante maior transparência. São servidores compromissados com a coisa pública, preocupados em resgatar a implantação de um processo parado há quase 30 anos. Estamos, finalmente, sanando essa dívida”, completa.

O presidente do Metrô-DF destaca ainda a importância da obra para a economia local. “Os trilhos são, hoje, indutores do desenvolvimento econômico de uma cidade, com geração de renda e emprego e o aumento da arrecadação de impostos. É um meio de transporte rápido, seguro e ambientalmente correto”, acrescenta ele.

Servidores

Negociação tenta evitar paralisação

O lançamento do edital de licitação da expansão da linha 1 do Metrô-DF aconteceu um dia após os metroviários reafirmarem que vão cruzar os braços a partir da 0h da próxima segunda-feira (24). Entre as reivindicações da categoria estão o pagamento do reajuste salarial retroativo prometido pela empresa em 2015 e a nomeação de concursados.

No entanto, para o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, a possibilidade de uma paralisação é mínima. “Estamos conversando com a categoria e com o sindicato. É importante para o Metrô-DF, para os empregados e para a população que não haja a interrupção do serviço. A conversa está evoluindo bem para que possamos encontrar soluções para esses pequenos problemas colocados pelo sindicato”, considera Dourado.

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