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Brasília

Cirurgia de 20 horas separa siamesas

Willian Matos

29/04/2019 20h40

Gêmeas

Foto: Divulgação/Agência Brasília

Beatriz Castilho
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Unidas pela cabeça desde a gestação, as irmãs siamesas de 10 meses, Lis e Mel, passam bem após a cirurgia de separação realizado no último sábado (27). A intervenção, realizada no Hospital da Criança de Brasília (HCB), teve duração de 20 horas, e foi a primeira do tipo na capital federal. Considerada bem sucedida pelos médicos, constitui apenas uma etapa na luta das garotas, de acordo com o avô materno, Edilson Neves, de 49 anos.

“O quadro delas está dentro do esperado, mas o coração da família continua ansioso. Vencemos essa maior batalha, mas agora temos que passar pela UTI, que inspira muito cuidado. Para isso, seguimos com esperança e muita fé”, ressaltou o avô, ao Jornal de Brasília.

Elogiando o atendimento do hospital, o avô confessou que aguarda o momento em que as garotas sejam liberadas do local. “Queremos que elas vão para casa brincar, quebrar copos, essas coisas que criança tem que fazer”, brincou ele, já fazendo planos.

As siamesas entraram no centro cirúrgico às 6h30 da manhã do último sábado. Para o procedimento, foi mobilizada uma equipe de mais de 70 profissionais da saúde, dividida em dois times: o rosa, de Lis, e amarelo, de Mel. As tonalidades deram cor às luvas, sapatilhas e toucas utilizadas na sala de operação.

O caso

O quadro das crianças, nascidas em 1º de junho do ano passado, estava sob sigilo por escolha dos pais Camila Neves, 25 anos, e Rodrigo Aragão, 30. Com a decisão da cirurgia, o caso foi divulgado na última semana, e, só após o fim da operação, os resultados seriam divulgados.

“Em Brasília, de forma geral, existe um grupo de gestação de alto risco no HMIB. Quando foram descobertas essas crianças, que estavam na 10ª semana, em janeiro de 2018, nos chamaram para avaliar se a separação era viável ou não. Preferimos esperar”, contou o médico neurologista, Benício Oton.

O neurologista foi apresentado à família. “Na data, falamos que a separação era possível, sim, mas que precisávamos de um grande acompanhamento”, finalizou o médico.

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