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Brasília

Mais de um terço da população do DF está com o nome sujo no SPC

Arquivo Geral

12/01/2018 16h23

Divulgação

Estimativas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), relativas a dezembro de 2017, apontam que 906 mil pessoas físicas estavam negativadas no Distrito Federal – 39,53% da população entre 18 e 94 anos. Os dados são divulgados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do DF. No País, o ano fechou com 60,2 milhões de inadimplentes, 39,6% da população na mesma faixa etária.

A expectativa dos lojistas, mesmo diante dos números, é positiva. “A recuperação econômica é lenta, mas está acontecendo, o que é um bom sinal”, defende o presidente da CDL-DF, José Carlos Magalhães Pinto. “No Distrito Federal, por exemplo, de novembro para dezembro, o número de dívidas em atraso caiu 2,07%”, exemplifica. Já na comparação com dezembro de 2016, houve aumento de 5,73% de inadimplentes no DF. Entretanto, em quase todos os outros meses do ano, houve redução ante o ano retrasado, deixando a avaliação anual mais otimista.

A média de dívidas em atraso de cada consumidor inadimplente na capital é de 2,03, segundo a pesquisa. E a faixa etária que teve o maior crescimento no número de devedores foi entre 85 e 94 anos, com alta de 32,6%. Em agosto de 2017, quando foi feito o primeiro levantamento do número absoluto de endividados no DF pelo SPC Brasil, havia 829 mil pessoas negativadas. “Esse crescimento era esperado, já que no fim de ano as pessoas costumam ter mais gastos que o normal”, pontua o presidente da CDL-DF.

No comércio, as dívidas em atraso diminuíram 17,12% no DF na comparação com dezembro de 2016 – no país, a redução foi de 8,98%. “Em momentos de aperto, como o que vivemos no ano passado, o consumidor tende a colocar o pé no freio, pensando melhor no que comprar e fazendo pesquisas de preço, para não se endividar naquilo que não for absolutamente necessário”, explica Magalhães. “No caso do DF, a renda per capita e o nível educacional mais elevados, que colaboram para a organização financeira pessoal, favorecem ainda mais o cenário.”

O presidente da CDL-DF lembra que a melhora efetiva na economia passa pela empregabilidade, que leva ao aumento da renda. “Apesar da redução mais considerável da inadimplência no comércio, as vendas ainda estão aumentando de forma tímida. Além disso, quanto menor a inadimplência em todos os outros setores, menores tendem a ser os juros, o que também impulsiona a compra e a venda”, afirma.

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