João Paulo Mariano
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A mãe do bebê Miguel Santos Carvalho, Elisângela dos Santos Carvalho, 36, foi encontrada hoje na QL 26 conjunto 1, do Lago Sul, após quase quatro dias desaparecida. A Polícia Militar recebeu a denúncia por volta das 15h de uma moradora do Lago que ela estava lá.
De acordo com a Tenente Morena Barbosa da PM, Elizângela foi vista por uma testemunha que viu a mulher em cima de uma árvore nos fundos dessa casa no Lago Sul e percebeu a semelhança com a mãe do menino encontrado morto no domingo.
Elizângela está, segundo a PM, aparentemente bem no físico mas demonstra estar transtornada psicologicamente. Ela só comentou que caminhou bastante até chegar lá, veio do Maranhão, mas não sabia que tinha filhos. A policial que foi ao local perguntou reitadas vezes se a mulher lembrava de algo porém a resposta era não.
A família de Elizângela chegou à 10ª Delegacia de polícia onde o caso é investigado. Ela e a família estão sendo ouvidos pelo delegado neste momento. Elizângela é ouvida por um delegado e por uma psicóloga forense devido ao seu estado mental.
Delegado vai pedir prisão preventiva
O delegado-chefe Plácido Sobrinho afirma que vai pedir a prisão preventiva ao juiz de plantão, pois ela é suspeita da morte do filho caçula. Ele não sabe se a mulher vai ficar presa, pois o magistrado pode decidir por soltá-la e encaminhar para a família com a recomendação da internação ou até levá-la a um manicômio. “A princípio, foi ela que tirou a vida da criança, mas é preciso investigar para ter provas contundentes”, afirma Plácido.
“Como não há mais situação em flagrante, faremos a representação para que a Justiça decida qual a melhor medida: recolhê-la à prisão ou decretar seu internamento. Para tanto, estaremos anexando ao pedido o laudo emitido por nossa psicóloga”, ressaltou o delegado.
Plácido ainda explicou que Elizângela foi encontrada graças a uma denúncia feita ao telefone 197, da Polícia Civil, informando que ela estaria em uma região às margens do Lago Paranoá. Com apoio da PM, a mulher foi achada, em cima de uma árvore. Apesar de estar fisicamente bem, apresentava confusão mental e falas desconexas.
“Diante do quadro apresentado por Elizângela, convocamos uma psicóloga forense dos quadros da Policlínica da Polícia Civil, que está acompanhando a oitiva da suspeita juntamente com outro delegado”, destacou o delegado-chefe. Apesar de ter encontrado a pessoa que representa, para a Polícia Civil, o principal elemento das investigações, o caso ainda não está concluído.
“Vamos fazer todas as oitivas, procedimentos, exames e tudo mais o que for necessário a fim de que possamos esclarecer, com certeza, as circunstâncias do fato e a responsabilidade sobre a morte do pequeno Miguel Carvalho”, concluiu o delegado.
Histórico
O caso começou no domingo quando o corpo de Miguel foi encontrado perto da Península dos Ministros na QL 12 por um banhista que estava no local. Ontem, Polícia identificou a criança e a mãe e começou a investigação para entender se havia se jogado junto a criança ou lançou o menino e fugiu. Ela morava com os sogros em Santa Maria e com o outro filho de quatro anos.