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Brasília

Líder de quadrilha que roubava cargas no Aeroporto de Brasília já havia sido preso por furto

Arquivo Geral

11/12/2017 12h32

Jéssica Antunes

Jéssica Antunes
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O líder da organização criminosa que roubava cargas de dentro do Aeroporto de Brasília já havia sido preso por furto no terminal. Klebson Santana, 39 anos, é ex-funcionário do local, onde trabalhava em uma empresa prestadora de serviços e conhecia bem a rotina diária. O horário de almoço dos sábados era o período mais visado. Desde setembro, o grupo movimentou aparelhos avaliados em mais de R$ 2 milhões em duas ações. Cinco pessoas foram presas e uma já está em liberdade.

Os suspeitos presos passaram por audiência de custódia no domingo (10), quando uma mulher envolvida teve a liberdade provisória decretada após pagamento de R$ 1 mil em fiança e uso de tornozeleira eletrônica. Elisiene Messias Brito Santana, 41 anos, foi presa em flagrante quando pegaria a carga roubada na área externa do aeroporto. Os outros quatro, incluindo um responsável por uma banca na Feira dos Importados, devem ser encaminhados na terça-feira (12) para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Câmeras de segurança do Aeroporto de Brasília mostraram a ação do último sábado. Davi Alves dos Reis é o funcionário da Latam Cargas responsável por identificar, no galpão, quais os volumes de interesse do grupo. Segundo a Polícia Civil, ele retirava a encomenda dali, a colocava em posição estratégica em uma área conhecida como bolsão, onde as encomendas ficam pronta para embarque, de forma a permitir que fosse rapidamente retirada por outros integrantes da organização.

Sozinho, ele é visto carregando o pacote de 136 quilos com 400 celulares avaliados em R$ 750 mil para uma kombi conduzida pelo líder da organização criminosa que teve acesso ao local com identificação fraudulenta. O veículo, pertencente a uma prestadora de serviços que fornece alimentos para o terminal, havia sido preparado por outro comparsa.

O grupo foi surpreendido pela Polícia quando se preparava para repassar a carga roubada para outro veículo, responsável pela entrega a receptadores. Os smartphones eram revendidos na Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde Pedro Tavares, responsável por uma banca também foi preso. No comércio, foram apreendidos 222 aparelhos, tablets e outros produtos eletrônicos, todos sem nota fiscal, comercializados com valores bem abaixo do mercado.

As investigações da Operação Icarus, deflagrada pela Delegacia de Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), começaram em outubro após um furto semelhante cometido pelo grupo criminoso. Na ocasião, foram 600 aparelhos avaliados em R$ 1,6 milhão. Em nota, a Latam diz que “está colaborando com as autoridades policiais desde o início das investigações”. A Inframérica, que administra o aeroporto, ainda não respondeu ao Jornal de Brasília.

A Inframérica, concessionária que administra o aeroporto, contribuiu para a investigação e auxiliou no flagrante. “Desde que a concessionária foi procurada pela PCDF e observou a movimentação atípica na área de cargas da companhia aérea, a Inframerica iniciou um trabalho em conjunto com as Polícias Civil e Federal para que a operação ocorresse sem gerar impacto na operação e na segurança do Aeroporto de Brasília”, informou, em nota.

Segundo a concessionária, há cerca de 1,2 mil câmeras de vigilância que operam por 24 horas no terminal, além de equipe responsável por observar as ocorrências e acionar os órgãos competentes: “a segurança é valor fundamental da Inframerica e todas as ações da empresa são pautadas no bem estar de seus passageiros”.

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