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Brasília

Lei será alterada para concessão do Mané Garrincha

Arquivo Geral

19/06/2017 6h38

Atualizada 18/06/2017 21h07

Kleber Lima

Francisco Dutra
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Para realmente gerar dinheiro e não causar mais prejuízo ao Distrito Federal, a concessão do Estádio Nacional Mané Garrincha dependerá da flexibilização das regras de uso da área. Na letra fria da legislação urbanística, a região da arena possui finalidade esportiva. Sem alteração por lei específica ou no Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) o uso comercial intensivo do complexo receberá um cartão vermelho dos órgãos de controle.

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) trabalha para oferecer o Mané Garrincha, junto com o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho, em projeto de concessão batizado como Arena Plex. Além de jogos e eventos culturais, o negócio também mira na exploração comercial da região como um todo. “Conceito de arena multiplex é a gênese deste estádio. Já está patente e bem claro, que a atividade desportiva sozinha não se sustenta”, comenta o secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade.

Pela análise do presidente da Agência de Desenvolvimento de Brasília (Terracap), Júlio César de Azevedo Reis, existem 65 mil metros quadrados disponíveis para a construção de uma área de convivência, com restaurantes, teatros e cinemas, por exemplo. O governo também pondera a possibilidade de instalação de clínicas médicas, comércio em geral e lojas esportivas dentro do projeto Arena Plex.

O governo planeja lançar o edital de licitação para a concessão no final de julho e assinar o contrato até dezembro deste ano. Segundo o presidente da Terracap, a flexibilização do uso da região será feita tão logo as bases do negócio estejam bem alicerçadas.

Vagas também serão exploradas

Pelas contas da Terracap, o Mané Garrincha amarga R$ 8 milhões de prejuízo por ano. Dentro do projeto Arena Plex, o governo planeja oferecer um modelo de negócio onde o setor produtivo terá condições para lucrar e ainda pagar anualmente R$ 5 milhões para a agência. Ao lado do comércio, alimentação e entretenimento, o projeto permitirá a exploração comercial do estacionamento do estádio.

O presidente da Terracap enfatiza que o negócio será atraente e viável para todas as partes envolvidas. Por exemplo, o grupo econômico vencedor da licitação de concessão do Mané deverá investir, inicilamente, R$ 80 milhões na região. Até o momento, espera conceder o complexo pelo prazo de 35 anos.

“Há muito interesse do mercado. Já fomos procurados por diversos grupos locais e também por gente de fora. Grupos da Espanha, França e da Holanda especializados na gestão de grandes arenas estão entre eles”, contra Júlio César. Os critérios para a escolha do vencedor da licitação serão a técnica e o preço. Quem oferecer o melhor lance e apresentar a proposta de exploração comercial mais rentável vencerá.

Para Júlio César, a definição do horizonte do Mané será influenciada pelo desfecho do futuro do Mané Garrincha. O Maracanã também passou por reforma e ainda não definiu qual será seu modelo de gestão, sendo objeto de disputa do mercado.

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