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Brasília

Justiça suspende o direito de dirigir dos acusados de racha na L4 Sul

Arquivo Geral

19/10/2017 20h40

Foto: Myke Sena

João Paulo Mariano
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Os envolvidos no racha da L4 Sul, no dia 30 de abril deste ano, Eraldo José Cavalcante, 34, e Noé Albuquerque, 42, perderam o direito de dirigir por dois anos ou até que o processo judicial seja finalizado. A decisão foi tomada pelo juiz do Tribunal do Júri, Paulo Rogério Santos Giordano, na última terça-feira (17), após análise da denúncia entregue pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), no último mês.

No acidente, Cleusa Maria Cayres, 69 anos, e Ricardo Clemente Cayres, 46, mãe e filho, morreram após o veículo conduzido por Eraldo bater no carro onde estava a família. Apesar da decisão em relação ao direito de dirigir dos envolvidos, o magistrado não aceitou o pedido do MPDFT pela prisão preventiva dos acusados. Para ele, “o fato de que nenhum dos denunciados possuir qualquer antecedente criminal e de que, no transcurso de mais de quatro meses desde os fatos que originaram a denúncia, não houve registro de qualquer multa ou acidente de trânsito, afasta o argumento do MPDFT.

A suspensão da CNH, na opinião do juiz, se justifica porque os denunciados, após terem ingerido bebidas alcóolicas, conduziram seus veículos em alta velocidade, causando a morte de duas vítimas e lesionando outras. Assim, estaria claro que existe uma ameça a segurança viária.

Relembre o caso

Enquanto a família Cayres voltava de uma confraternização no Lago Sul, os acusados do acidente saíram de uma festa no Setor de Clubes. Já era fim de noite quando, o motorista do Jetta bateu na traseira do Ford/Fiesta em que os Cayres estavam. Com a batida, o carro atingido perdeu o controle, saiu da pista e capotou diversas vezes levando a morte de Cleusa e Ricardo.

Outro veículo ocupado por parte do grupo, um Chevrolet Cruze, também foi atingido durante o acidente e tinha um amassado na lateral. O carro foi estacionado a cerca de 200 metros do acidente, com três mulheres dentro. A motorista se apresentou como irmã do condutor do Evoque e se recusou a soprar o bafômetro, mas permaneceu no local durante a ação policial. Ela foi foi ouvida ainda na noite do racha.

O Fiesta em que eles estavam pertencia a Ricardo, mas era conduzido pelo cunhado dele, Helberton. Eraldo e Noé se apresentaram, junto a suas defesas, na 1ª DP somente no dia primeiro. O primeiro fugiu do local depois que viu o estrago cometido. Já o segundo, até parou para auxiliar, mas não permaneceu no local após a chegada no DER.

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