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Brasília

Justiça decreta prisão preventiva de PM suspeito de matar vizinho em Samambaia

Arquivo Geral

08/09/2017 19h20

Foto: Reprodução

No fim da tarde desta sexta-feira (8), a Justiça do DF decretou a prisão preventiva do policial militar reformado José Arimatéia Costa, de 58 anos, suspeito de matar um vizinho com tiros à queima-roupa, na noite dessa quinta-feira (7), em Samambaia. Hoje cedo, a Justiça havia indeferido o pedido feito pela Polícia Civil por não considerar urgente. Agora, após ser aceito o novo pedido de prisão, o homem é considerado foragido.

A vítima, Adilson Santana, 36 anos, foi alvejada no tórax após uma discussão pelo WhatsApp. A confusão, que acabou de forma trágica, foi iniciada em um grupo de moradores do condomínio Portal do Sol, quando o militar reclamou de uma sujeira em sua janela, atribuindo-a a Adilson. “Ô, sem noção que mora no 1803-A, quando escovar seus dentes, vê se não cospe a meleca na casa dos outros. Eu moro aqui no 1703-A, e vi essa sujeira que cuspiram lá de cima”, escreveu o militar no grupo.

Adilson respondeu as acusações questionando se o vizinho estava ficando “maluco” e pedindo respeito. “Me respeite, que educação eu tenho. Não vou escovar porra de dente em varanda”, revidou. Na sequência, segundo testemunhas, o militar foi até a casa de Adilson, onde foi recebido com um soco. O aposentado caiu e sacou a arma, atingindo o homem com os disparos.

Em entrevista ao Jornal de Brasília, a síndica do condomínio, Sandra Martins, 38, afirmou que outras discussões já aconteceram entre os envolvidos na confusão, mas nunca haviam chegado às vias de fato. “Foi intolerância”, acredita a mulher. Isso porque ela defende que a mancha que gerou o bate-boca em rede social foi feita por pombos, um problema antigo do conjunto de prédios.

Segundo testemunhas, houve troca de ofensas e provocações. “O policial subiu armado e teria sido recebido por socos. As esposas dos dois tentaram evitar a tragédia, trancando a porta e pedindo calma”, conta a síndica. Dez minutos depois do acontecido, Adilson já não tinha sinais vitais. Os bombeiros tentaram reanimá-lo por 45 minutos.

A família da vítima esteve no apartamento na manhã desta sexta-feira (8) para limpar e retirar objetos pessoais. O corpo deve ser levado para a capital baiana. A esposa e a filha, 3 meses, de Adilson estão na casa de parentes. “Ele era um típico baiano alegre e tranquilo, bastante participativo. É lamentável o que aconteceu. A gente jamais esperava que algo assim acontecesse ou uma reação dessas de um policial, que deveria ter mais preparo”, desabafa a síndica.

A Polícia Civil realizou perícia no apartamento horas após o crime. Nada foi encontrado no local onde ele ficou parado. Câmeras de segurança mostram o momento em que o suspeito sai correndo do elevador para o carro.

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