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Brasília

Jovem de 24 anos é morto após sair do trabalho na Asa Sul

Arquivo Geral

06/11/2017 20h59

Foto: Arquivo Pessoal

João Paulo Mariano
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“Eu só tinha ele como base. Estou destruída. Fiquei com dois meninos pequenos e sozinha”. O relato é de Stephany Alves da Silva, 22, que se tornou viúva na madrugada do último sábado (4). O seu marido, Jeovane Alves dos Santos, 24, foi morto com dois tiros em uma tentativa de assalto, na parada de ônibus da 108 Sul, logo após sair do trabalho.

Segundo a mulher, o marido teria saído do local onde trabalhava como garçom, no restaurante Haná, na 408 Sul, por volta da 0h. Como de costume, ele teria ido até a parada para pegar a condução que o levaria para casa, em Águas Lindas (GO).

De acordo com a ocorrência registrada na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), no momento em que a vítima esperava o ônibus, um desconhecido teria se aproximado e perguntado se o coletivo para Santa Maria já havia passado. Só depois ele anunciou o assalto e partiu para cima de Jeovane, que segurou em sua camisa e acabou levando dois tiros no abdômen. A vítima foi encontrada na escadaria do metrô da 108 Sul, pois teria corrido para tentar se livrar dos disparos. Ele chegou a ser encaminhado para o Hospital de Base, mas perdeu muito sangue e foi reanimado três vezes, contudo, não resistiu.

Stephany diz que agora quer saber quem cometeu essa crueldade com o marido e que o responsável seja preso. Os dois estavam juntos há quatro anos e cinco meses e tinham dois filhos – o mais velho de um ano e meio e o mais novo com apenas três meses de vida. Desempregada, ela afirma que ainda está desnorteada com a situação e não sabe como fará para sustentar as duas crianças. O corpo de Jeovane foi enterrado no domingo (05), no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga.

“Insegurança total”

O gerente do restaurante Haná, onde a vítima trabalhava, diz que ficou chocado quando ouviu sobre o ocorrido ainda na madrugada de sábado. Segundo Raimundo Neto de Oliveira, o rapaz era uma pessoa excelente e muito responsável. “Foi um susto. Ele se despediu de todo mundo. O pessoal do restaurante estava com ele na parada e me disse pouco tempo depois o que ocorreu”, relata.

Para ele, a culpa de tudo isso é da “insegurança total” que a região vive. Oliveira reclama que já recebeu negativa de várias pessoas, pois sair muito tarde do trabalho não seria possível devido à violência. O gerente trabalha há doze anos na Asa Sul e diz que a situação piorou nos últimos anos.

A Polícia Militar informou que os 1º e 3º batalhões têm trabalhado constantemente para melhorar a segurança nas asas Norte e Sul e que distribui seu efetivo de acordo com estudos de índices de criminalidade, por meio de mapeamento de áreas mais perigosas. “A Asa Sul recebeu, também, novas viaturas, que ficam em pontos base e em atendimento à ocorrência, no intuito de otimizar o atendimento, aumentar a segurança e consequentemente a sensação de segurança”, diz.

O caso está sendo investigado pela 1ª DP, que foi informada sobre o crime pelo posto policial do Hospital de Base, na madrugada de sábado.

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