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Brasília

Investimento no Polo JK chegará a R$ 60 milhões

Arquivo Geral

05/05/2017 7h00

Atualizada 04/05/2017 22h38

Foto: Kléber Lima

Francisco Dutra
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O governo Rollemberg (PSB) investirá R$ 60 milhões em obras de infraestrutura no Polo JK, em Santa Maria. Segundo o secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Antônio Valdir de Oliveira Júnior, que completa hoje os primeiros 30 dias de gestão, o investimento será custeado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), dentro do programa Pró-Cidades.

O investimento vai abranger a construção do sistema de drenagem das águas das chuvas e a instalação de uma subestação da CEB para o aumento da oferta de energia no local.

Sem as condições básicas para trabalhar dezenas de empresas que apostaram no Polo JK fecharam as portas e deixaram de gerar empregos, renda e tributos para o Distrito Federal. Poucos empreendimentos ainda lutam para operar na dita área de desenvolvimento econômico (ADE). “Você acredita que nós temos lá empresas, como laboratórios, que estão sobrevivendo com geradores de energia? Isso inviabiliza o negócio”, comenta o secretário. Pelo cronograma do governo, os dois editais serão lançados na próxima sexta-feira, 12 de maio.

Saiba mais

  • A parceria com o BID também prevê ações para a capacitação dos microempresários dentro do Pró-Cidades. O projeto visa o fomento das ADEs fortalecendo incialmente grandes e médias empresas. No entanto, todo arranjo produtivo também gera microempreendimentos satélites a cada atividade. Os cursos de aperfeiçoamento vão mirar justamente nos pequenos.
  • O secretário de Economia explica que os cursos serão 100% gratuitos para as ADEs. Tradicionalmente, existe a dificuldade de garantir a adesão dos pequenos em atividades de capacitação, porque elas demandas contrapartidas financeiras.
  • Do ponto de vista do secretário, apesar da crise governo e setor produtivo devem se preparar para voltar a investir no momento em que a economia começar a retomar crescimento. A preparação inclui manter as contas saudáveis e projetar ações inteligentes para retomar o lucro.
  • No ano passado, segundo levantamento da Fecomércio, 2,5 mil lojas fecharam as portas no DF.

Na sequência, Oliveira planeja destravar obras para a melhoria da infraestrutura urbana na região, especialmente na questão do asfalto. Na opinião de secretário, o DF possui uma vocação natural para a atividade logística, afinal fica geograficamente no centro do Brasil. Portanto, todo investimento deve potencializar a capacidade de trânsito dos produtos. Dentro desta linha, Valdir conta que a Secretaria de Fazenda trabalha para que Aeroporto JK posso operar como um grande centro de carga e descarga.

“A economia trabalha pela inércia. Quando as obras iniciarem as empresas vão voltar. O nosso grande estado vizinho (Goiás) fez grandes benefícios, mas está no seu limite de esgotamento. Porque esses benefícios acabam trazendo para certas dificuldades. Nós temos que aproveitar a oportunidade, do jeito que eles aproveitaram, para trazer de volta as nossas empresas”, pondera. Sem citar nomes, Valdir revela que duas grandes empresas estão consideram a volta para o DF.

O BID oferece para o Pró-Cidades US$ 75 milhões. Além do Polo JK, o governo planeja levar o programa para as ADEs do Gama e Ceilândia.

Mais verba para microempreendedor

O governo planeja retomar o projeto Pequenos Reparos a partir de junho. A iniciativa permite que o gestor público contrate microempreendedores individuais da região administrativa para pequenas obras, como a recuperação de uma porta ou pintura de uma parede. O projeto-piloto focará nas escolas públicas de São Sebastião.

Ao priorizar os microempresários de cada região, o projeto tem o objetivo de levantar as economias locais. Por isso, o governo fará listas regionais. Quem for selecionado para um projeto, não poderá ser chamado novamente até todos os demais serem convocados. Segundo o secretário de Economia, qualquer irregularidade será punida com a exclusão do participante.

“O Sinduscon, a Asbraco e a Ademi deram uma sinalização. Estamos desenhando uma parceria e vamos assinar um termo de cooperação técnica, onde 30% dos projetos que eles têm de obras públicas vão terceirizar contratando microempreendedores inviduais. O microempreendedor tr´\ oportunidade na economia. Não adianta só formalizar”, revela.

Para Oliveira, a retomada da construção civil é a melhor estratégia para o DF superar a crise econômica e o desemprego, que atualmente atinge 336 mil brasilienses. Obras geram empregos diretos rapidamente e ainda levantam outras cadeias produtivas, a exemplo do setor de móveis. Otimista, o secretário projeta que a crise começará a acabar no segundo semestre deste ano. E o termômetro será o fim do avanço do desemprego.

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