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Brasília

Instituição que abriga crianças e adultos pede doações para comprar ambulância

Arquivo Geral

21/08/2018 7h00

Atualizada 20/08/2018 21h42

Vila Pequenino Jesus necessita de ambulância para transporte de abrigados. Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília.

Tainá Morais
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Um sonho requer a ajuda da população para que seja realizado. A Vila Pequenino Jesus, localizada na QI 26 do Lago Sul, precisa comprar uma ambulância para atender as necessidades dos acolhidos. Desde 2009, a casa recebe crianças e adultos com comprometimento físico e neurológico.

O coordenador da Vila, Jorge Eduardo Deister, conhecido como “Jorginho”, é responsável pelos 55 acolhidos. Dentre eles, há quatro crianças em estado vegetativo, em cadeira de rodas e acamadas. Tereza Cristina, de 11 anos, por exemplo, respira com a ajuda de aparelhos. Caso aconteça um imprevisto, é impossível transportá-la.

“Nunca sabemos quando vão precisar ir a um hospital. Não temos condição alguma de tirá-la daqui sem uma ambulância”, destaca. Os carros que transportam os pacientes são adaptados apenas para cadeira de rodas.

Para arrecadar os R$ 125 mil necessários à aquisição da ambulância, a campanha será diferente de todas as outras. Desta vez, Jorginho optou por uma mobilização por cota, preferencialmente. “Contamos com a ajuda de voluntários. Cada pessoa que quiser ajudar poderá contribuir com uma cota de R$ 1 mil. Mas toda ajuda é bem-vinda”, explica.

De menores a adultos abandonados, juntos eles formam uma família. Confinados na casa, todos os abrigados na Vila Pequenino Jesus são reflexo do abandono familiar, alguns por terem entrado no mundo das drogas. Para as crianças, principalmente, não há uma perspectiva clara do futuro.
Muitos ali sofreram acidente e foram abandonados em seguida. “A famílias não têm condições de cuidar do problema, mas também existem aqueles que abandonaram por conta do problema”, explica Jorginho.

Todos os 55 acolhidos estão em situação de vulnerabilidade. “Ninguém anda. Todos vivem em cadeira de rodas ou estado vegetativo”.

Jorge Eduardo, coordenador. Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília.

Dependência completa dos serviços

Todos os acolhidos foram registrados no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) antes de chegar até a Vila do Pequenino Jesus. Tratam-se de pessoas completamente dependentes, o que obriga a casa a ter uma grande estrutura de cuidadores e insumos. “Eles dependem de nós para tudo. Se não dermos comida, eles não comem. Se não dermos água, eles não bebem, e assim vai”, lamentou Jorginho. Atualmente, 87 funcionários trabalham no local.

O pedido da ambulância já chegou até o Governo do Distrito Federal. Porém, foi em vão. “Não adianta. Deixo claro que somos uma casa de acolhimento, e não de saúde. Nossa maior necessidade, hoje, é essa conquista, porque temos pessoas em estado vegetativo e que precisam de uma atenção especial”, ressalta o coordenador.

Urgência

As expectativas com a campanha são as melhores. “Espero conseguir a ambulância o mais rápido possível. Afinal, temos que olhar, pensar e fazer tudo por nossos acolhidos que necessitam de nosso cuidado”, enfatiza Jorginho.

Vila Pequenino Jesus necessita de ambulância para transporte de abrigados. Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília.

Doações

A Vila Pequenino Jesus sobrevive de doações. Portanto, quem tiver interesse em ajudá-los pode doar luvas descartáveis, lenços umedecidos, amaciante, sabão em pó e materiais de limpeza em geral.

Ajuda e horário de visitas
A instituição fica na QI 26, Chácara 27, Lago Sul. CEP: 71.670-750.
Horário de visitas: quarta a sábado, das 15h às 17h30.
Telefone para contato: (61) 3526-0506.
E-mail: [email protected].

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