Casos de violência doméstica continuam chamando a atenção no Distrito Federal. Somente na madrugada desta quinta-feira (9), a Polícia Militar atendeu pelo menos duas ocorrências do tipo na capital. No Setor Santa Luzia, na Cidade Estrutural, um rapaz de 21 anos foi preso depois de tentar matar a companheira usando fio elétrico.
Era por volta da 1h55 quando o crime ocorreu. A mulher de 30 anos conseguiu fugir e se escondeu em uma fábrica, onde acionou o socorro. Policiais militares chegaram logo em seguida ao endereço e prenderam o suspeito, que já tentava fugir. Ele foi autuado em flagrante.
No Recanto das Emas, um homem de 36 anos foi autuado em flagrante depois de agredir e ameaçar a mulher, de 35. Desesperado, o filho da vítima, 18 anos, chamou a Polícia Militar e denunciou o padrasto. A PMDF disse que o homem resistiu à prisão e deu muito trabalho para ser contido. Ele foi levado para a 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas).
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Feminicídio não é só caso de polícia; é preciso uma mudança cultural
Feminicídio
No domingo, o Recanto das Emas foi palco de uma tragédia que tirou a vida de Marília Jane de Sousa Silva. A mulher foi assassinada pelo marido, o taxista Edilson Januário de Souto. Ele fugiu após o crime, mas se entregou à polícia na tarde dessa quarta-feira (9).
Na Asa Sul, Carla Graziele Rodrigues Zandoná, de 37 anos, morreu depois de despencar do terceiro andar de um prédio. Ela teria sido jogada pelo marido, Jonas Zandoná, de 44, que foi preso em seguida. Reportagem do Jornal de Brasília contou que a mulher teve pena de denunciar o marido.
O terceiro caso de feminicídio dentro de três dias é o de Adriana Castro Rosa Santos. A mulher de 40 anos foi morta com um tiro pelo marido, o policial militar Epaminondas Silva Santos. Ele se suicidou logo após o crime, que ocorreu na porta da casa da mãe de Adriana, no Riacho Fundo II.
Saiba mais
A cada ano, mais de um milhão de mulheres são vítimas da violência doméstica no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme informações de 2015 do IBGE, a Lei Maria da Penha contribuiu para a diminuição de cerca de 10% na taxa de homicídios contra mulheres praticados dentro das residências das vítimas.
