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Brasília

Histórias de Brasília: a demora para sair do papel

Arquivo Geral

18/04/2009 0h00

Criada pela Constituição de 1988, help a Câmara Legislativa do Distrito  Federal deparou-se, buy information pills de saída, com um grandioso problema. Decorridos três anos da vigência da lei que lhe deu vida, nada fora feito pelo Governo do DF, a quem cabia a atribuição, para fazê-la funcionar, como  estava determinado, a partir do dia primeiro de janeiro de 1991. Se os brasilienses lutaram tanto, fizeram tanta pressão para ter a sua  representação política, exatamente quando elegiam os primeiros  24 deputados distritais, eles não tinham nem mesmo um prédio para trabalhar.


Críticas diárias à atitude do governador Joaquim Roriz rendiam manchetes e mais manchetes de jornais. O que havia, então, era só a  solicitação de um projeto para a construção da futura Câmara Legislativa, feita ao arquiteto das principais construções de Brasília, Oscar Niemeyer, pelo antecessor do goiano Roriz, o mineiro José Aparecido de Oliveira. Porém, nem no papel a futura Câmara  Legislativa surgiu.


Para complicar ainda mais a situação da primeira bancada brasiliense  eleita pelo povo, Roriz não tomou conhecimento do  pedido de Aparecido a Niemeyer e lançou um concurso público para a construção da sede da assembleia num terreno que não estava nem  legalizado, na área reservada aos tribunais regionais. Com o  tempo de instalação da “casa do povo candango” se aproximando e nada  sendo feito para solucionar o problema, o jeito foi a própria bancada  distrital se virar para arranjar um teto.


O problema ia além da falta de um local para que os distritais trabalhassem. Onde os  deputados tomariam posse e de que maneira empossariam o primeiro  governador eleito pelo povo candango? – Joaqim Roriz, antes no cargo, nomeado pelo então presidente da República José Sarney. Para  concorrer ao GDF,  Roriz desincompatibilizou-se e foi fazer a  campanha eleitoral.
Regimento interno
O tempo passava, as respectivas posses se aproximavam e decisões  precisavam ser votadas.  Como a Câmara Legislativa do DF ainda não existia na prática, sua primeira bancada seguiu o regimento interno do  Senado, adotado desde a primeira sessão, como o seu regimento  provisório. Enquanto o Partido dos Trabalhadores (PT) decidia-se,  logo, pelo nome do deputado Pedro Celso para disputar o comando da  Mesa Diretora da primeira legislatura candanga, o grupo que havia  apoiado Joaquim Roriz discutia, negociava. Até que se chegou a uma definição por Salviano Guimarães, nascido em uma tradicional família  de políticos goianos e que, entre outras experiências, já fizera parte  de máquinas administrativas de governos anteriores do Distrito  Federal, como administrador de Planaltina.


Depois de definido o candidato situacionista, chegou-se, então, ao momento de eleger o primeiro presidente da Casa. “Para um candidato sair  eleito como primeiro presidente da Câmara Legislativa do Distrito  Federal, ele precisaria conseguir colocar no placar de votação o escore  de 13 x 11. Este era o número de parlamentares que, respectivamente, formaram a coligação que elegera o governador Joaquim Roriz e o da sua  oposição”, relembra o primeiro presidente da Assembleia Legislativa do  DF, Salviano Guimarães. Hoje, ele reside no Lago  Norte e está afastado da vida pública, mas seu nome está inscrito na história do Legislativo da capital da República.

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