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Brasília

Hipismo movimenta R$ 200 milhões ao ano no DF

Arquivo Geral

15/04/2018 15h08

Rafaella Panceri
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O hipismo movimenta cerca de R$ 200 milhões por ano no Distrito Federal, conforme a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF). O montante se justifica pelo tamanho da cadeia produtiva, que envolve zootecnistas, médicos veterinários, equipamentos e cavalos. Não raro, um único animal pode valer R$ 1 milhão — eles são o elemento com maior valor agregado na atividade, segundo o secretário da pasta, Argileu Martins.

A 30ª Copa Brasília de Hipismo, realizada ontem (14) e hoje no Centro Hípico do Parque (CHP), é um recorte da cena da equinocultura e do hipismo. Além de acumular R$ 3,2 mil em prêmios, o evento reuniu 245 atletas — cada um com seu animal. Os melhores colocados na competição integram o time brasiliense que disputa o campeonato brasileiro em julho, no estado de São Paulo.

Na manhã deste domingo, o CHP virou palco de provas consideradas difíceis, com saltos de até 1,3 metro de altura. Quem passava pelo local pôde ver o desempenho dos atletas até às 11h, quando ocorreu a premiação. Ao lado da pista de provas, havia vários cavalos descansando, atados a pinheiros do próprio Parque da Cidade, vigiados por cuidadores.
Os animais valem uma fortuna — o preço é proporcional à capacidade de saltar, como explica o presidente do CHP, Almir Vieira. “Cavalos que saltam até 1,1 metro custam de R$ 20 a R$ 50 mil. Cavalos que saltam de 1,2 a 1,5 metro vão de R$ 100 mil a R$ 1 milhão”, detalha.

Mas apesar de ter fama de luxuoso, o esporte é acessível, na opinião do atleta e instrutor Luiz Felipe Pimenta, 33, que acumula diversos prêmios a nível nacional ao longo de 27 anos de carreira, “Não se limita a quem tem uma condição financeira superior. Iniciantes precisam investir de R$ 200 a R$ 300 por mês. Atletas profissionais naturalmente terão de investir mais dinheiro, como em todo esporte”, analisa.

Cenário nacional

Neste ano, Pimenta não participou da Copa como competidor, mas levou sete alunos. “A equipe de Brasília não deixa a desejar em nenhum aspecto para as de outros estados, como São Paulo, onde há maior número de atletas. Proporcionalmente, somos os melhores”, opina. Pimenta competirá, na próxima quarta-feira (18), no Concurso de Salto Internacional Cidade de Porto Alegre, conhecido como The Best Jump. A premiação total do evento será de R$ 227 mil.
Outro integrante do time brasiliense no evento gaúcho, Thiago Rhavy, 30, é atleta e instrutor de equitação. Está no esporte há 26 anos. Competiu na Copa Brasília, na categoria “cavalos novos”, e ficou em terceiro lugar na prova, que exigia de saltos de 1,2 metros de altura.

Para Rhavy, a relação entre o cavalo e o cavaleiro deve ser estreita. “Conhecer bem o cavalo e garantir que ele seja bem tratado, com equipe de veterinários e alimentação balanceada, contribui muito para o desempenho”. “O cavalo é um ser vivo, tem sentimentos, sente dor, sente medo. Criamos uma conexão intensa”, completa Pimenta.

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