Menu
Brasília

Grileiros esperavam lucrar mais de R$ 9 milhões em Águas Claras

Arquivo Geral

23/10/2018 16h15

PCDF/Divulgação

Policiais da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) cumpriram mandados contra um grupo de grileiros no Setor Habitacional Arniqueiras, em Águas Claras, nesta terça-feira (23). Os envolvidos esperavam lucrar mais de R$ 9 milhões com o crime. A ação foi batizada de Operação Terra Legal e deflagrada durante a madrugada.

O grupo também é acusado de dano ambiental, falsificação de documentos e outros crimes. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Águas Claras, Vicente Pires, Park Way e Gama.

Dentre os objetos apreendidos, foram localizadas diversas cessões de direitos, computadores, aparelhos celulares, além de uma pistola, calibre 380, municiada com 35 projéteis. O material foi encontrado na casa de um dos investigados, no Gama. Também foram apreendidas oito munições, calibre 380 e três, calibre 12.

Na casa de outro investigado, em Águas Claras, os policiais apreenderam uma luneta utilizada para armas. Segundo a delegada-chefe da Dema, Marilisa Gomes, a respectiva área pública (tratando-se de uma chácara), alvo do grupo, com aproximadamente 1,8 mil hectares seria irregularmente parcelada em 48 lotes, de 350m² e 400m. “Cada lote era ofertado a possíveis adquirentes de R$ 120 a R$ 250 mil, o que geraria um lucro aproximado de R$ 9,1 milhões aos criminosos”, destaca.

De acordo com o apurado, a chácara está inserida na Área de Proteção Ambiental do Planalto Central – APA. No mapa apreendido com um dos envolvidos, existe vias de circulação de veículos e indica que se trata de um projeto de condomínio residencial e faz limite com uma Área de Preservação Permanente (APP), em razão de estar localizada a 30 metros de distância do Córrego Arniqueira.

“As ações desencadeadas durante a operação e as medidas cautelares possibilitarão a colheita de materiais que robustecerão o conjunto probatório contra os investigados, individualização de suas condutas e responsabilização penal pelos crimes, cujas penas somadas chegam a 18 anos de reclusão”, conclui a chefe da Dema.

Os investigados já possuem antecedentes criminais pelos delitos de parcelamento irregular do solo pra fins urbanos, porte ilegal de arma de fogo, estelionato, violência doméstica, adulteração de sinal identificador de veículo, porte de simulacro de arma e associação criminosa.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado