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Brasília

GDF afirma que parte do viaduto da Galeria dos Estados será demolida

Arquivo Geral

28/03/2018 12h36

Foto: João Stangherlin/Jornal de Brasília

Raphaella Sconetto
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Seguindo a orientação da Universidade de Brasília (UnB) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), o Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou nesta quarta-feira (28) que irá demolir a laje da parte que sobrou do Viaduto Galeria dos Estados, no Eixão. No restante da edificação, segundo o GDF, será refeita a laje. A previsão é de que as obras sejam entregues para a população até setembro.

De acordo com o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Márcio Buzar, toda a estrutura será mexida, desde a fundação até a laje. “Faremos fundações novas, blocos novos e ampliar todos os pilares. Vamos demolir toda a parte que colapsou. Aquele trecho será todo refeito, seguindo a orientação da Universidade de Brasília”, explica.

“Nos outros trechos, a gente vai fazer o reforço nas lajes e, além disso, será feita uma laje de consolidação, por cima da existente, para acabar com as infiltrações. O viaduto não terá mais junta de dilatação. Vamos tirar a galeria de águas pluviais, que é o que ao longo do tempo acabou levando a corrosão da armadura. Essa laje de consolidação, então, impede a infiltração de todo o viaduto”, completa. A expectativa é de que a reforma e a construção do bloco que caiu aumente em até cem anos a vida útil do viaduto, conforme é exigido pelas normas brasileiras.

O processo licitatório para a contratação de uma empresa será publicado entre 30 e 45 dias. De acordo com Buzar, as obras devem custar até R$ 15 milhões. “Se nós demolíssemos a laje de todo o viaduto, o custo seria elevado em R$ 10 milhões”, afirma. O recurso veio dos R$ 50 milhões concedido pelo Executivo para a recuperação de pontes e viadutos do DF.

Patrimônio cultural e histórico

As alças construídas para desviar o trânsito na região central de Brasília, próximo ao viaduto que desabou, agradou os motoristas. No entanto, o diretor-geral do DER afirmou que em setembro será preciso retomar ao que era antes. “A gente tem compromisso com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que é de recuperar a paisagem urbana, mesmo com apelo de motoristas que disseram que o trânsito está fluindo”, aponta.

Restaurantes sem nada definido

O que se sabe é que os donos dos dois restaurantes atingidos pelo desabamento terão um local para reabrirem os seus comércios provisoriamente na Rodoviária do Plano Piloto. O espaço que ficarão e para onde irão após a entrega das obras não estão definidos até o momento. Questionado sobre qual será o projeto para os estabelecimentos, Buzar apenas disse que o governo está dialogando com os responsáveis e com os órgãos.

“Vamos dar uma saída para eles não ficarem esses seis, sete meses sem trabalhar. O Estado precisa ser solidário, são trabalhadores. Espaço que oferecemos foi o da Rodoviária, que circula mais de 700 mil clientes. E tem uma discussão com o Iphan se há ou se cabe voltar os restaurantes para lá”, aponta. “O governo tem muita sensibilidade. Vamos dialogar com eles, se não for lá, será em outro lugar. Mas isso não está fechado”, finaliza.

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